14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Crise convulsiva como primeira manifestação clínica de Hipovitaminose D em paciente idosa: um relato de caso.

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: A Hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema de saúde pública em todo o mundo.

Objetivos

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente idosa, que apresentou uma Crise Convulsiva como primeira manifestação clínica de Hipovitaminose D.

Delineamento/Métodos

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 80 anos, portadora de hipertensão arterial sistêmica, procurou à emergência devido à perda da consciência somada a relato de terceiros sobre liberação esfincteriana e mordedura de língua. Nos exames laboratoriais a paciente apresentava aumento significativo de creatinofosfoquinase (CPK) e transaminase glutâmico-oxalacética (TGO), além de hipocalcemia (Cálcio sérico corrigido: 7,64 mg/dl) e hipofosfatemia (Fósforo sérico: 1,9 mg/dl). Foi realizada tomografia computadorizada de crânio que evidenciou apenas alterações crônicas compatíveis com a idade. Ademais, foram realizados eletrocardiograma, ecocardiograma transtorácico, ecodoppler de carótidas, eletroencefalograma e exame físico neurológico, os quais não demonstraram alterações. Devido à hipocalcemia e hipofosfatemia apresentadas, optou-se por solicitar dosagem de paratormônio (PTH) e vitamina D. Por conseguinte, devido a valores condizentes, fora confirmado a hipótese diagnóstica de hiperparatireoidismo secundário a hipovitaminose D, sendo então iniciado tratamento com reposição de vitamina D, resultando na normalização dos níveis séricos do cálcio, fósforo, CPK e TGO. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatireoidismo secundário e, consequentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo assim à perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia, osteoporose e fraqueza muscular. No entanto, há uma escassez na literatura quanto à correlação da deficiência de vitamina D e eventos neurológicos nessa faixa etária, relacionando estes somente a população infanto-juvenil. Apesar disso, levando em consideração à exclusão de outras possíveis causas de cunho neurológico, a crise convulsiva pôde então ser relacionada, como manifestação clínica inicial, ao estado de hipovitaminose D.

Resultados

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Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Visto que os estudos sobre a relevância de dosagem e tratamento de hipovitaminose D são recentes e, ainda não há comprovação sobre suas manifestações clínicas, neste caso, assim como na maioria dos estudos desenvolvidos até o momento, ficou evidente a correlação clínica-laboratorial entre a hipovitaminose D, hipocalcemia e o quadro convulsivo.

Palavras Chaves

Deficiência de Vitaminas
Vitamina D
Hiperparatireoidismo secundário
Convulsões

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Alcides Carneiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Patrícia Tavares da Silva Candido, Taís Guimarães Maia, Clara Louise Vianna