AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DE BELÉM-PARÁ SOBRE O FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
Fundamentação/Introdução
A grande maioria dos acadêmicos de Medicina, das diversas faculdades do Brasil, que estão entre o primeiro e terceiro ano de curso, ainda não dominam o funcionamento e estrutura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, dado ao fato de que as instituições de ensino não abordam de uma maneira eficaz tais assuntos. A falta de conhecimento dos acadêmicos de medicina se torna preocupante ao passo que, ao deixarem de ser multiplicadores de conhecimento para somar-se aos inúmeros leigos em urgência e emergência, contribuem para as inúmeras falhas nesse tipo de atendimento, como o atendimento inicial deficiente, atraso no acionamento dos serviços de emergência médica ou solicitação desnecessária do socorro especializado e contribuir para um desfecho clínico desfavorável de vítimas.
Objetivos: Avaliar o conhecimento dos estudantes de Medicina de uma Instituição de Ensino de Belém-Pará, matriculados entre o 1º e o 5º semestre, sobre o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, no ano de 2016; Descrever o conhecimento dos alunos a respeito do tema proposto.
Delineamentos/métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, de caráter descritivo e analítico, sem financiamento externo, que descreverá e caracterizará o conhecimento dos alunos a respeito de diversos aspectos relacionados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e seu funcionamento, por meio da aplicação de um questionário semi-estruturado e auto respondido.
Resultados: A comparação entre as turmas, destaca-se uma frequência maior de alunos do 2º período que não sabiam que, para acionar o SAMU, o número correto é 192 e a maior frequência de discentes do 5º período que dispunham desta informação. Em relação à equipe das unidades de suporte avançado (USA), a maioria dos alunos do 1º, 2º e 4º períodos não souberam identificar que esta equipe é formada por condutor socorrista, enfermeiro e médico. Quanto à composição das equipes das Unidades de Suporte Básico, apenas as turmas do 3º e 4º períodos apresentaram maior frequência de respondentes que não conheciam que estas Unidades são compostas por um condutor socorrista e um técnico ou auxiliar de enfermagem.
Conclusões/Considerações finais: demonstrou-se que mesmo acadêmicos de Medicina, possíveis difusores de conhecimento, possuem algumas lacunas no conhecimento sobre o funcionamento do serviço médico de urgência pré-hospitalar. Esta falta de informação pode levar a um atraso no acionamento dos serviço.
Urgência e emergência; acadêmicos de medicina; serviço de atendimento móvel de urgência
Clínica Médica
Nayana Mota Carvalho, Nathália Jucá Azevedo Picanço, Ismari Perini Furlaneto