14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM CRIANÇAS BRASILEIRAS DE 0 A 9 ANOS, 2011-2015

Fundamentação/Introdução

As intoxicações exógenas que ocorrem na infância se configuram como um relevante problema de saúde pública a nível mundial, sendo a faixa etária de até cinco anos de idade mais susceptível a intoxicações acidentais. A curiosidade inerente à idade as leva a utilizar de todos os sentidos para explorar o ambiente, tornando-as vulneráveis à ingestão e contato com agentes tóxicos.

Objetivos

Este trabalho objetiva caracterizar o perfil nacional das intoxicações infantis na faixa etária de 0 a 9 anos que ocorreram no período de 2011 até 2015.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e de caráter temporal. Para sua execução, foram utilizados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na categoria de “Epidemiológicas e Morbidades” e no subitem “Doenças e Agravos de Notificação – de 2007 em diante”. As informações foram acessadas na opção “Intoxicação Exógena”, tendo como abrangência geográfica “Brasil por Região, UF e Município”. Em seguida, os dados foram delimitados ao período de janeiro de 2011 até dezembro de 2015.

Resultados

No Brasil, as notificações de intoxicação exógena na faixa etária de 0 a 9 anos somaram 71.899 casos no período de 2011 a 2015, cerca de 20% da população geral. Destaca-se, que dentro dessa categoria, as crianças de 1 a 4 anos predominam com 67,2% (48.318). A diferença entre os gêneros foi mínima, sendo o sexo masculino maioria por 53,1% (38.205). Quando se estuda as intoxicações por região de residência, nota-se que a região Sudeste está em primeiro lugar com 40,7% dos casos (29.265) e a região Nordeste com 29,7% (21.360). Os agentes tóxicos preferidos pelas crianças foram os medicamentos com 37,5% (26.958) e, em segundo lugar, com 16,2% (11.627), os produtos de uso domiciliar. Além disso, a circunstância da intoxicação foi, em sua maioria, acidental com 65,5% (47.111), notando-se que 2,4% (1.724) casos foram tentativas de suicídio e uma minoria de 16 casos - menos de 1% - foram tentativas de aborto. Por ora, a maioria das crianças evoluíram para cura sem sequela correspondendo a 80,6% (57.947) dos casos e apenas 0,2% (162) foram a óbito.

Conclusões/Considerações finais

O perfil da criança brasileira que se intoxica se encontra na faixa de 1 a 4 anos, do sexo masculino e residente da região Sudeste. A maioria delas, o faz por meio de medicamentos, acidentalmente e evoluem para cura sem sequelas.

Palavras Chaves

Intoxicação; Envenenamento; Infância.

Área

Clínica Médica

Instituições

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil

Autores

Raquel Campos dos Santos, Clara Sá Macedo, Daniel de Azêvedo Castello Branco, Mariana Wanderley de Araújo, André Dantas Zimmermann