Título

TUMOR MARROM ASSOCIADO AO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO: RELATO DE CASOS

Fundamentação/Introdução

Introdução: Tumor marrom é uma afecção óssea decorrente de casos crônicos não tratados de hiperparatireoidismo, seja ele primário, secundário ou terciário. Recebe esse nome por conta do aspecto macroscópico que as lesões intraósseas apresentam, de coloração vermelho-escuras a amarronzadas, em decorrência da intensa hemorragia que ocorre nessas lesões e do depósito de hemossiderina.

Objetivos

Objetivos: Relatar os casos de Tumor Marrom associados ao hiperparatireoidismo secundário de pacientes renais crônicos atendidos no Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA).

Delineamento/Métodos

Métodos: A pesquisa será do tipo relato de casos. Como o estudo envolve análise somente de prontuários, enquadra-se como pesquisa documental. Os pacientes incluídos foram atendidos no hospital referido.

Resultados

Resultados: Caso 1, A.J.V.S., feminino, 43 anos, hipertensa há 10 anos, doente renal crônico há 6 anos. Evoluiu com tumor sangrante na região lateral do tórax, na altura na linha intermamilar. Apresenta exames laboratoriais com cálcio total 11 mg/dl, fosfatase alcalina 462U/L, PTH 971pg/ml, fósforo 3,4mg/dl, ureia 161mg/dl e creatinina 12,96mg/dl. Foi submetida a tratamento medicamentoso. Caso 2, E.R.G., feminina, 17 anos, doente renal crônica há 3 anos. Evoluiu com tumor em mandíbula lado esquerdo. Cálcio total 9,7mg/dl, fosfatase alcalina 1622U/L, PTH 1745pg/ml, fósforo de 6,7mg/dl, ureia 168mg/dl e creatinina 11,6mg/dl. Assim como no caso 1, o tratamento de escolha foi o medicamentoso. Caso 3, E.E.S., masculino, 32 anos, diagnosticado com DRC há 11 anos. Evoluiu com tumor na região mandibular. Cálcio total 9,6mg/dl, fosfatase alcalina 1314U/L, PTH intacto (588pg/ml), fósforo 5mg/dl, ureia 135mg/dl e creatinina 9,65mg/dl, sendo o paciente submetido à paratireoidectomia total, após realização de biópsia confirmatória. Os diagnósticos foram feitos com base nas alterações laboratoriais, clínicas e radiológicas. Os pacientes seguem em acompanhamento ambulatorial, com níveis de paratormônio e cálcio dentro dos valores de referência.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: O tumor marrom, embora raro, mostra-se intimamente relacionado com a doença renal, demonstrando a necessidade de investigar essa hipótese diagnóstica para oferecer ao paciente tratamento adequado.

Palavras Chaves

Tumor; Marrom; DRC

Área

Clínica Médica