Título

Pancreatite aguda Balthazar D com sintomas atípicos: Relato de caso

Fundamentação/Introdução

A pancreatite aguda grave representa alta taxa de morbimortalidade em instituições de saúde, onde o índice morfológico de Balthazar auxilia no prognóstico orientando quanto à gravidade correlacionando clínica e imagens tomográficas do paciente.

Objetivos

Identificar precocemente, com auxílio de exames de imagem, os casos graves de pancreatite visando melhor prognóstico destes pacientes; ressaltar a importância do diagnóstico diferencial diante de pacientes com sintomas atípicos.

Delineamento/Métodos

Descrição do caso: N.M.R., 46 anos, em tratamento prévio para emagrecimento há 6 meses (perda de 12 Kg), 2 cesáreas prévias e histerectomizada há 3 anos devido mioma uterino, negado etilismo e tabagismo, refere há 6 meses queixa de vômitos semanais após ingesta de alimentos calóricos e epigastralgia. Negou uso de medicamentos. No dia 26/06/2017 apresentou algia no andar inferior do abdome com irradiação para região lombar bilateral, foi à Unidade de Pronto Atendimento onde foi medicada e recebeu alta. Retornou a unidade dia 27 com queixa de epigastralgia e astenia onde apenas realizou exames. No dia seguinte, paciente retornou para buscar resultados de exames onde leucócitos 29.100/ mm³, amilase 258 U/L, lipase 46 U/L, fosfatase alcalina 420 U/L, gamaGT 299 U/L, TGP 203 U/L, rotina de urina com proteinúria, cetonúria, hemoglobinúria e hematúria sendo transferida para internação no hospital no dia 30/06/2017.

Resultados

Na admissão, apresentou algia à palpação profunda de epigástrio e andar inferior do abdome e descompressão brusca negativa no exame físico. A ultrassonografia de abdome total relatou colelitíase e pâncreas espessado e heterogêneo. Já a tomografia computadorizada do abdome total com contraste evidenciou pâncreas espessado com coleção hipodensa de margens irregulares no corpo do pâncreas compatível com pancreatite aguda Balthazar D com derrame pleural bilateral homogêneo de pequeno volume. Paciente evoluiu com melhora clínica recebendo alta hospitalar, com colecistectomia programada para ser realizada 4 a 6 semanas após a alta.

Conclusões/Considerações finais

Desta forma, observa-se a relevância da avaliação radiológica através principalmente da tomografia computadorizada, já que esta auxilia no direcionamento da abordagem terapêutica conforme a gravidade do caso. Além disso, algia abdominal sempre deve ser investigada, com intuito de excluir causas de abdome agudo as quais podem evoluir para óbito do paciente.

Palavras Chaves

Pancreatite aguda, Balthazar D, prognóstico , diagnóstico diferencial

Área

Clínica Médica