14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ADENOCARCINOMA GÁSTRICO EM PACIENTE ABSORTO AOS SINAIS DE ALARME: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A alta incidência de câncer gástrico nos coloca frente a um problema de saúde preocupante, demandando conhecimento e condutas acertadas, principalmente diante de uma clínica com sinais de alarme persistentes e diagnóstico tardio.

Objetivos

Relatar um caso de adenocarcinoma gástrico em paciente absorto aos sinais de alerta.

Delineamento/Métodos

Estudo descritivo tipo relato de caso.

Resultados

M.S., sexo feminino, 37 anos. Paciente buscou atendimento médico com quadro de dor epigástrica de forte intensidade, associada a náuseas, vômitos e eructações de odor fétido há 03 anos, além de hiporexia e perda ponderal de 22kg em 11 meses, que representa 27% do seu peso corporal. Em uso de Inibidor de Bomba de Prótons. Relatou histórico familiar de câncer intestinal e como hábitos de vida, destaca-se dieta hipolipídica e sem irritantes gástricos. Exames laboratoriais indicaram anemia, com hemoglobina de 7,9g/dL. Foi solicitada Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que evidenciou presença de lesão úlcero-infiltrativa na região final do antro, além de mucosa friável e endurecida que dificulta acesso ao duodeno. O anatomopatológico da biópsia gástrica apresentou adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado, tipo intestinal de Lauren e pesquisa de Helicobacter pylori negativa. Em seguida, foi submetida a Laparotomia Exploradora (LE), com achados de ascite moderada, grande massa em piloro/antro gástrico e múltiplos implantes peritoneais, sugerindo carcinomatose peritoneal, com realização de gastroanastomose.

Conclusões/Considerações finais

Muito se tem discutido sobre a promoção e a prevenção da saúde, porém há limitações de campanhas de conscientização e programas de rastreamento relacionados à morbimortalidade do adenocarcinoma gástrico, principalmente quando a sobrevida do paciente depende de uma clínica precoce. Diante disso, é fundamental destacar como parte de uma vigilância ativa para tumor gástrico a solicitação em tempo apropriado de uma EDA, que tem indicações precisas quando em qualquer idade apresenta sinais de alarme, como anemia, perda de peso, vômitos recorrentes e disfagia. Portanto, é imprescindível uma investigação minuciosa para o estabelecimento de um diagnóstico precoce com avanço na qualidade de vida desses pacientes.

Palavras Chaves

Adenocarcinoma gástrico; sinais de alarme; diagnóstico tardio.

Área

Clínica Médica

Autores

Isa Maryana Araújo Bezerra de Macedo, Mara Juliane Silva Jovino, Crislanny Regina Santos da Silva, George Alexandre Lira