14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR SÍFILIS CONGÊNITA COMPARADOS ENTRE REGIÕES BRASILEIRAS NOS ÚLTIMOS 4 ANOS

Fundamentação/Introdução

A Sífilis consiste em uma doença sexualmente transmissível, causada pelo agente Treponema pallidum, afetando principalmente a pele e o sistema nervoso central, tem como tratamento consolidado o uso de penicilinas, porém o comportamento sexual de risco e a associação ao vírus HIV, tornou-a de difícil controle no Brasil. A transmissão vertical da sífilis, que pode ocorrer em qualquer uma de suas fases e em qualquer momento da gestação, consiste na sífilis congenita, doença de notificação compulsória no Brasil, com sintomas como: lesões cutâneas, visceromegalias e baixo peso ao nascer.

Objetivos

Avaliar de maneira quantitativa a ocorrência da Sífilis congênita no Brasil, comparando as diferentes regiões e seus avanços durante os anos.

Delineamento/Métodos

Estudo quantitativo retrospectivo realizado a partir do DATASUS, entre os anos de 2009 e 2013.

Resultados

De 2009 ao ano de 2013 foram notificados 38.112 casos de sífilis congênita no Brasil, sendo 45,62% do sexo masculino. As regiões com maiores incidências cumulativas foram a Sudeste (15.907), Nordeste (12.903) e Sul (3.932). A região Norte (3.488) e Centro-Oeste (1.882) apresentaram as menores incidências. Houve um acréscimo de 103,74% do número de casos de sífilis congênita quando comparados os anos de 2009 com 2012. Contudo houve uma queda brusca no número de casos notificados no ano de 2013, levando a uma redução de 11.326 casos em 2012 para 4.877 em 2013. Os estados com maior quantidade de casos notificados foram respectivamente Rio de Janeiro (7.195), São Paulo (6.439) e Ceará (3.422), a soma da quantidade de casos desses três estados corresponde a 45,75% de todos os casos notificados no Brasil.

Conclusões/Considerações finais

As regiões brasileiras Sudeste e Nordeste apresentam uma elevada incidência de casos de sífilis congênita, resultado de ineficazes políticas públicas de combate e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, somado à desinformação por parte das gestantes portadoras da doença. Isso se tornou evidente com o elevado número de casos de sífilis em crianças.

Palavras Chaves

Sífilis congênita; Doença sexualmente transmissível; Estudos transversais.

Área

Clínica Médica

Autores

Lívia Liberata Barbosa BANDEIRA, Camylla Santos SOUZA, João Victor Fernandes PAIVA, José Ricardo Baracho SANTOS JÚNIOR, João David SOUZA NETO