Título

Perfil da hospitalização por neoplasia maligna de colo de útero na região Nordeste.

Fundamentação/Introdução

FUNDAMENTAÇÃO∕INTRODUÇÃO: No Brasil, o câncer de colo de útero é a terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres. (¹) Apesar de ainda ser um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento por sua alta prevalência e mortalidade, na maioria dos casos, passa por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. (²)

Objetivos

OBJETIVOS: Descrever o perfil de internações por câncer de colo de útero na região Nordeste.

Delineamento/Métodos

DELINEAMENTO E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, cujos dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH∕SUS).

Resultados

RESULTADOS: No período de 2012 a 2016, foram registradas 30.126 internações por câncer de colo de útero na região Nordeste, das quais 12.590 (41,7%) foram em caráter de urgência. A faixa etária com maior prevalência foi de 40-49 anos com 9.604 (31,8%) casos e a de menor prevalência foi de 10-14 anos com 24 (0,07%) casos. A raça parda foi registrada em 17228 (57,3%) casos, a raça branca em 2366 (7,8%) casos, amarela em 806 (2,6%) casos, preta em 965 (3,2%) casos e não informada em 8757 (29%) casos. O regime de atendimento foi público em 4.793 (15,9%), com um valor médio por internação de R$ 1195,10 e privado em 25.333 (84%), com valor 2125,44. O valor médio por internação foi de R$ 1195,10 na rede pública e de R$ 2125,44 na rede privada, mostrando uma grande diferença entre os gastos de ambas as redes com as internações. Nesse período, a taxa de mortalidade foi de 10,26% sendo maior na faixa etária de 80-89 anos com taxa de 22,19 %.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES∕CONSIDERAÇÕES FINAIS: Houve maior incidência de hospitalizações na faixa etária de 40-49 anos, na raça parda e na rede de assistência privada. Ressalta-se que o câncer de colo de útero é um importante agravo que acomete a população feminina, gera gastos consideráveis aos sistemas de saúde e ainda tem lugar de destaque como causa de óbitos. Dessa forma, destaca-se a importância dos programas saúde de prevenção e detecção rápida, considerando-se que o câncer de colo de útero tem bons índices de cura (²) e possui meios de prevenção bem definidos e conhecidos, como o uso de preservativo na prevenção primária e a realização do exame preventivo de Papanicolau na prevenção secundária, diminuindo, assim, a incidência de casos e a taxa de mortalidade, e proporcionando melhor qualidade de vida às pacientes.

Palavras Chaves

Epidemiologia; Hospitalização; Neoplasias do Colo do Útero