Título

PREVALÊNCIA DE AMPUTAÇÃO EM DIABÉTICOS TIPO 2 NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Fundamentação/Introdução

A prevalência do diabetes mellitus tipo 2 tem aumentado de modo exponencial em muitos países, incluindo o Brasil. Trata-se de um grande problema de saúde para o país, uma vez que a doença está associada a um grande número de complicações, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e amputações de membros inferiores.

Objetivos

Analisar a prevalência de amputação não-traumática de membros em pacientes diabéticos tipo 2 nas diferentes macrorregiões de saúde de Minas Gerais.

Delineamento/Métodos

Foi realizado estudo descritivo, transversal e retrospectivo utilizando dados do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA), do Ministério da Saúde. Primeiramente foi realizado levantamento das amputações de membros registrados no Estado de Minas Gerais, entre janeiro de 2008 e abril de 2013. Posteriormente os dados foram tabulados através do programa SPSS 18.0. Foram obtidas informações de gênero, idade e residência dos pacientes. O estudo não necessitou de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa por analisar dados secundários.

Resultados

Foram encontrados 36.635 registros de pacientes diabéticos tipo 2 no período analisado. Destes, 490 foram submetidos à amputação de membros. Ao se investigar a periodicidade de amputações nas diferentes macrorregiões de Saúde, foi identificado inconstância, onde as regiões Sul e Leste demonstraram maior número de registros, correspondendo a 21,9% e 38,1% do total de procedimentos, respectivamente. A relação de amputações/100 diabéticos apresentou média de 0,87 no Estado. As Regiões Centro-Sul e o Triângulo Sul foram responsáveis pelas maiores taxas, apresentando, respectivamente, 1,55 e 1,07 amputações/100 diabéticos. As maiores presenças de amputações situaram-se no triênio 2002-2004, que somou 46,3% do total de procedimentos. Em relação ao gênero, houve maior prevalência de amputações no sexo masculino (56,9%) no período analisado. Quanto à faixa etária, foi identificada maior predominância entre 40 e 64 anos, responsável por 71,4% do total de amputações.

Conclusões/Considerações finais

A análise da prevalência de amputações de membros em pacientes diabéticos tipo 2, em Minas Gerais, permitiu identificar uma variação segundo o local de residência, o sexo e a idade do doente. Percebe-se, com isso, que os fatores ambientais interferem diretamente no desfecho da doença, sendo necessária, portanto, a criação de medidas locais para diminuição dos fatores de risco que levam à amputação nesses indivíduos.

Palavras Chaves

Diabetes; Amputação; Prevalência; Minas Gerais.