Título

PERFIL DA MORBIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS E COMPARAÇÃO COM O ESTADO DE MINAS GERAIS

Fundamentação/Introdução

No Brasil, a mortalidade por doença aguda isquêmica do coração tem apresentado queda nas Regiões Sul e Sudeste, se mantendo estável no Centro-Oeste e aumentando nas Regiões Norte e Nordeste. Neste contexto, é importante conhecer a morbidade por Insuficiência Cardíaca (IC) e seu perfil epidemiológico, devido às particularidades regionais, tendo em vista a necessidade de políticas públicas voltadas para a prevenção.

Objetivos

Descrever a morbidade por (IC) no município de Montes Claros, entre 2010 e 2014, além de comparar com o perfil para o estado no qual o município se insere, Minas Gerais (MG).

Delineamento/Métodos

Estudo de cunho epidemiológico descritivo. Informações obtidas por consulta às bases de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com acesso em maio de 2015. A população do estudo foi constituída por todos os casos de IC de pessoas internadas no município de Montes Claros – MG, no período de janeiro de 2010 a agosto de 2014. Os dados foram coletados por meio de tabelas e, em seguida, foi utilizando o programa Microsoft Office Excel (versão 2010) para elaboração de gráficos e consolidação dos dados.

Resultados

Foi notado que a maioria das internações do município ocorreram no ano de 2011, sendo 1.911 (26%) internações. A maioria dos pacientes foi do sexo feminino 3.792 (51%), com faixa etária predominante em idosos entre 60 a 69 anos, 1.751 (23%), sem informação por raça, 3.559 (47%); segundo o regime por atendimento, ocorreu prevalência do sistema privado 7.212 (96%); e por caráter de atendimento como urgência 7.454 (99 %). Quando os dados da pesquisa para o município são comparados com estudos para a população do estado como um todo, percebe-se que, em MG, também há ligeira predominância em internações do sexo feminino, bem como prevalência da terceira idade. Um dado importante é que, para MG, apesar de ter ocorrido diminuição no número de internações (em 30%), houve aumento do tempo de internação (em 13%) e da taxa de mortalidade (em 22%).

Conclusões/Considerações finais

Os dados apresentados demonstram a importância da IC como problema de saúde pública no município de Montes Claros e no estado de Minas Gerais, em virtude do impacto gerado pelo grande número de internações, sobretudo na faixa etária de maiores de 60 anos. Faz-se necessário, portanto, a criação e a implementação de políticas preventivas para a insuficiência cardíaca, que promovam uma diminuição da incidência e da mortalidade.

Palavras Chaves

Insuficiência Cardíaca. Internação. Morbidade. Montes Claros. Minas Gerais.