14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ENDOCARDITE INFECCIOSA EM CIRURGIAS VALVARES – AVALIAÇÃO ECOCARDIOGRAFICA E CLINICA COMO PREDITORES DE MORTALIDADE EM UMA SERIE DE CASOS

Fundamentação/Introdução

Apesar dos avanços no diagnóstico, na terapêutica e nas técnicas cirúrgicas, a incidência da endocardite infecciosa, não regrediu nos últimos 30 anos, com alta mortalidade intra-hospitalar (10-26%), segundo Habib, Gilbert el al (Eur Heart J 2009, 19: 2369-413), mortalidade esta, ainda maior em nosso serviço.

Objetivos

Analisar uma série de casos cirúrgicos com diagnóstico de endocardite infecciosa operados em hospital terciário e comparar fatores tais como prevalência, sintomatologia, critérios ecocardiográficos, dados da valva acometida, mortalidade, entre outros, comparados com a literatura mundial.

Delineamento/Métodos

Estudo retrospectivo de caráter observacional, com análise de prontuários dos pacientes operados no serviço com diagnóstico prévio de endocardite infecciosa no período entre janeiro de 2015 a outubro de 2016.

Resultados

Dentre 271 cirurgias cardíacas realizadas nesse período, 57 destas eram de origem valvar, sendo 8 por endocardite infecciosa (14%), correspondendo a 61,53% dos casos de endocardite diagnosticados ao ecocardiograma ( 13 casos) neste periodo. Nos casos cirúrgicos houve prevalência do sexo masculino (62,5%), com idade média foi de 38 para o sexo feminino e 54 ± 10 anos para o sexo masculino. 75% das valvas afetadas eram nativas, sendo a aórtica a mais acometida (62,5%). A média de tempo sintomas-diagnóstico foi de 3,66 dias, sendo febre e dispneia os sintomas mais comuns (37,5% dos casos). Ao ecocardiograma 62,6% dos pacientes apresentavam vegetações maiores que 10 mm, e disfunção valvar importante em 75% dos casos, predominando insuficiência. A cirurgia realizada foi troca valvar por prótese biológica em 6 pacientes e metálica em dois pacientes por endocardite em prótese valvar previa. Todos os casos utilizaram associação de antibióticos, onde a gentamicina esteve presente em metade deles. A mortalidade intra-hospitalar na amostra ocorreu em 03 pacientes (37,5%), um com disfunção ventricular, outro com sepse e outro com AVC extenso e sepse.

Conclusões/Considerações finais

Observamos no presente estudo alta incidência de endocardite com elevada mortalidade não relacionada ao procedimento cirúrgico em si, mas devido a complicações neurológicas, disfunção ventricular e sepse. Ressalta-se a necessidade de intervenção precoce com a intenção de reduzir complicações como dilatação e disfunção ventricular e embolias.

Palavras Chaves

ENDOCARDITE
CIRURGIA VALVAR
SEPSE
ECOCARDIOGRAMA

Área

Clínica Médica

Instituições

HUSF - São Paulo - Brasil

Autores

ISABELA LIMA PINHEIRO, IGOR ARANTES OLIVEIRA GOES, GUSTAVO ADOLFO Kuriyama MASSARI, CRISTINA SYLOS, LEONARDO MORAES ALBUQUERQUE