14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL (LV) NO ESTADO DO MARANHÃO EM 2015

Fundamentação/Introdução

A leishmaniose visceral (LV), ou calazar, é uma doença crônica grave e potencialmente fatal para o homem, sendo causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi e a principal espécie responsável pela transmissão no Brasil é o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. O parasita é transmitido ao homem pela picada do inseto infectado, desencadeando um quadro febril de curso prolongado, palidez, perda de peso, aumento do volume abdominal, hepatoesplenomegalia, edema, dentre outras manifestações clínicas. Quando não tratada, pode evoluir a óbito em mais de 90% dos casos.

Objetivos

Descrever os aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes com leishmaniose visceral (LV) no estado do Maranhão em 2015.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa dos dados através do Sistema de Informação de Agravos e Notificação referente aos casos confirmados de leishmaniose visceral no ano de 2015 no estado Maranhão.

Resultados

Foram confirmados 642 casos de leishmaniose visceral em 2015 no Maranhão, sendo 566 (88,4%) casos novos, 36 (5,7%) casos de recidiva, 28 (4,5%) transferidos e 9 (1,4%) casos não identificados. Quanto ao diagnóstico, 500 (77,8%) foram confirmados através de exame laboratorial e 142 (22,2%) por exame clínico-epidemiológico. Em relação à evolução da doença, 321 (50,0%) apresentaram cura, 47 (7,3%) foram a óbito por LV, 11 (1,7%) abandonaram o tratamento, 16 (2,5%) foram a óbito por outras causas, 125 (19,5) transferidos e 122 (19,0%) não foram identificados. Considerando-se a faixa etária, 290 (45,2%) casos foram registrados em menores de 4 anos, 141 (22,1%) entre 20 a 39 anos, 85 (13,2%) entre 40 a 59 anos e 126 (19,5%) apresentavam outras idades. Em relação ao sexo, 400 (62,3%) casos eram masculinos e 242 (37,7%) do sexo feminino. Quanto à zona de residência, 453 (70,6%) eram da zona urbana, 153 (23,8%) da zona rural, 12 (1,9%) da zona periurbana e 24 (3,7%) não foram identificados.

Conclusões/Considerações finais

É importante que as autoridades de saúde mantenham o monitoramento e a vigilância epidemiológica da leishmaniose visceral, atuando na detecção e controle da doença e possíveis transmissores, principalmente em áreas mais urbanizadas onde há uma incidência significativa da doença devido as condições precárias das periferias da cidades, sendo fundamental a participação da sociedade e realização de medidas em conjunto para que sejam eficazes na redução de novos casos.

Palavras Chaves

leishmaniose visceral; evolução clínica; epidemiologia

Área

Clínica Médica

Autores

JULIANA BARROS OLIVEIRA SILVA, LETICIA CASTRO FREIRE, AGNES YULE PATROCINIO, INGREDY EYLANNE MONROE CARVALHO, GUILHERME VIDIGAL FERNANDES DA SILVA