14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

MANEJO DO TRATAMENTO DE ANEURISMAS EM POPULAÇÃO IDOSA

Fundamentação/Introdução

Atualmente há um crescimento mundial da população idosa, com perspectivas exponenciais para as próximas décadas. Os aneurismas cerebrais são lesões de difícil tratamento com cirurgia convencional e possuem grande mortalidade e morbidade em potencial, particularmente em paciente idosos ou em ruins condições clínico – neurológicas. Em indivíduos idosos, a chance de ocorrer um aneurisma é significativamente maior ao compararmos com faixas etárias mais jovens e a técnica endovascular tem demonstrado eficácia e segurança.

Objetivos

Este estudo objetiva relatar a experiência e o seguimento do tratamento endovascular de aneurismas cerebrais em pacientes com 75 anos ou mais em serviço de referência em Blumenau – SC.

Delineamento/Métodos

Análise retrospectiva de prontuários de pacientes com aneurisma abordados por procedimento endovascular em serviço de neurocirurgia de Blumenau-SC, no período entre outubro de 2005 até abril de 2017, e com idade maior ou igual a 75 anos.

Resultados

O total de pacientes com 75 anos de idade ou mais foi de 78. Idade média deles foi de 78,9 anos (75-91 anos), com predomínio do sexo feminino,82,05%. Fator de risco frequente foi hipertensão arterial,em 75,64%,seguido de 53,85% com dislipidemia e 15,38% com diabetes mellitus. Locais mais comuns dos aneurismas foram artéria comunicante posterior,26,92% dos casos, comunicante anterior,15,38%, bifurcação da artéria cerebral média e segmento cavernoso da artéria carótida interna,ambos 6,41% dos casos. Maioria dos aneurismas foi incidental,65,38%. Dentre os 34,62% dos pacientes com hemorragia subaracnóidea, 6,67% apresentaram Fisher III e 18,67%,Fisher IV; na escala de Hunt-Hess,14,67% pacientes apresentavam grau III e 2,67%,grau IV.Houve predomínio de aneurisma sacular,em 96,10%, e com tamanho pequeno em 55,13%.Foram encontrados 33,33% aneurismas grandes e gigantes 10,26%.O aneurisma era único em 76,62%. O tratamento endovascular não incluiu stents em 81,82% dos casos abordados, nos quais foram utilizados apenas coils. Houve insucesso em 1,30%. Reabordagem necessária em 5,19% dos casos tratados. Vasoespasmo clínico e angiográfico ocorreram em 3,85% deles. A taxa de complicações correspondeu a 4,62% e de mortalidade a 4,92% do total de pacientes embolizados.

Conclusões/Considerações finais

Os parâmetros estatísticos confirmaram que a técnica endovascular se configura em uma alternativa terapêutica aplicável e segura para o tratamento de aneurismas cerebrais em indivíduos idosos. Os pacientes tratados apresentaram complicações esperadas para faixa etária.

Palavras Chaves

Idosos, aneurismas, tratamento, embolização.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Regional de Blumenau - Sergipe - Brasil

Autores

Omar Ahmad Omar, Leandro José Haas, Natália Tozzi Marques, Thaís Moura Borille, Felipe Trevizan Sartori