14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Sepse em Gestantes Atendidas em um Hospital Público de Curitiba – PR

Fundamentação/Introdução

Apesar de a sepse ser uma complicação rara durante a gestação, sua relevância deve-se ao fato de ser potencialmente fatal, e por gerar possível comprometimento tanto do organismo da mãe quanto do feto. Alguns fatores são responsáveis pelo aumento dos casos de sepse entre mulheres em período gestacional, havendo incremento no número de óbitos, internamentos e complicações. As infecções tem como mais frequente o foco urinário, e como agente patológico mais prevalente a Escherichia coli.

Objetivos

Avaliar a prevalência de sepse em gestantes atendidas no Hospital do Trabalhador em Curitiba, Paraná.
Identificar os principais focos que originaram a sepse nas gestantes, agentes etiológicos, antibióticos utilizados e qual o trimestre gestacional mais acometido pela doença.

Delineamento/Métodos

Estudo do tipo transversal descritivo realizado no Hospital do Trabalhador (Curitiba-PR) de agosto de 2014 a agosto de 2016. Revisão e análise de 72 prontuários de pacientes diagnosticadas com sepse, sepse grave ou choque séptico. Foram selecionados para o estudo: prontuários de gestantes e puérperas atendidas neste período no serviço e diagnosticadas com quadro séptico. Os critérios de exclusão foram: prontuários de gestantes e puérperas com diagnóstico de infecção sem desenvolvimento de sepse e prontuários com dados insuficientes. Os aspectos estudados foram: idades gestacional, agente etiológico, foco infeccioso, principal trimestre gestacional acometido e prevalência de cada tipo de sepse.

Resultados

A frequência de sepse durante a gestação e puerpério no período estudado é de 9 casos para cada 1000 gestantes. A ocorrência de sepse foi relacionada principalmente ao segundo semestre gestacional (39,4%). Sepse grave e choque séptico, os quadros sépticos somam 73,2% dos casos. E. coli representa 33,8%, sendo o foco infeccioso mais prevalente o urinário (70,4%). Ceftriaxona foi o antibiótico mais utilizado, tanto isoladamente quanto em associação (84,4%). Entre os desfechos para o feto, 85,9% não tiveram complicações, óbito foi verificado em 8,5% dos casos e prematuridade em 5,6%.

Conclusões/Considerações finais

O óbito neonatal e os casos de prematuridade foram as complicações mais relatadas na análise da pesquisa. A sepse de origem obstétrica, em geral, tem origem polimicrobiana, com prevalência de bactérias gram-negativas e anaeróbios, sendo que a bactéria Eschericha coli foi a mais frequente encontrada nas culturas, consequentemente ao foco urinário ser o principal envolvido.

Área

Clínica Médica

Autores

Johanna Babetta Zastrow, Katherine Unterstell Brittes, Lívia Sayumi Mizobuchi, Marina Marques Denobi, Roberta Ramos Polonio