14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE CLÍNICA DE PACIENTES ACOMETIDOS POR HEPATITES NO ESTADO DO MARANHÃO

Fundamentação/Introdução

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C, porém, existem ainda os tipos D e E, sendo caracterizadas pela inflamação do fígado que pode ser originada por múltiplas causas, como uso de alguns medicamentos, infecção por vírus, uso de álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, cujo os sintomas podem ser, febre, mal-estar, vômitos, dor abdominal, olhos amarelados, urina escura, fezes claras entre outros. Devido a sua gravidade, há o risco dessas doenças causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer.

Objetivos

Descrever a análise clínica de pacientes acometidos por hepatites no estado do Maranhão.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa dos dados através do Sistema de Informação de Agravos e Notificação referente aos casos confirmados de hepatite no ano de 2015 no Estado do Maranhão.

Resultados

No ano de 2015 foram 310 casos confirmados de hepatites no estado do Maranhão. A população estudada foi identificada por macrorregiões de saúde, sendo 170 (54,8%) casos notificados em São Luís, 41 (13,2%) em Presidente Dutra, em Imperatriz 35 (11,3%), 20 (6,5%) em Pinheiro, 15 (4,8%) em Coroatá, 16 (5,2%) em Santa Inês, 8 (2,6%) em Caxias e 5 (1,6) em Balsas. Em relação ao sexo, 161 (51,9%) casos eram feminino e 149 (48,1%) masculino. Quanto a idade, 110 (35,5%) casos se encontravam entre 20 a 39 anos, 70 (26,6%) entre 40 a 59 anos, 30 (9,7%) entre 5 a 9 anos, 20 (6,5%) entre 10 a 14 anos e 80 (21,7%) tinham outras idades. No que se refere a etiologia, 132 (42,6%) possuíam hepatite pelo vírus B, 79 (25,5%) pelo vírus A, 66 (21,3%) pelo C e 34 (10,6%) por outros vírus. Em relação ao modo de infecção, 157 (50,6%) não foram identificados, 70 (22,6%) através da alimentação/água, 42 (13,5%) através de relação sexual e 41 (13,3%) por outras causas.

Conclusões/Considerações finais

As hepatites são doenças muito negligenciadas, onde em casos mais graves pode evoluir a um quadro crônico. A capital de São Luís apresentou uma maior porcentagem 54,8% de casos, o que pode ser atribuído a quantidade populacional. Observou-se que os casos mais acometidos estavam em idades entre 20 a 39 anos, o que pode ser atribuído a susceptibilidade a relações sexuais desprotegidas e uso de droga ilícitas injetáveis. Devido a problemática da doença e suas complicações, é de fundamental importância que haja politicas públicas de saúde mais eficazes para a redução de novos casos.

Palavras Chaves

hepatite; morbidade; hepatite crônica.

Área

Clínica Médica

Autores

GUILHERME VIDIGAL FERNANDES DA SILVA, JULIANA BARROS OLIVEIRA SILVA, LETICIA CASTRO FREIRE, RENATA DIONISIO NUNES DE OLIVEIRA, INGREDY EYLANNE MONROE CARVALHO