14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso: Tromboembolismo pulmonar e trombose de veia renal bilateral em paciente portadora de trombofilia por deficiência de proteína C.

Fundamentação/Introdução

O Tromboembolismo pulmonar (TEP) é a obstrução aguda da circulação arterial pulmonar por um coágulo sanguíneo ou trombo, com súbita redução ou interrupção do fluxo sanguíneo à área pulmonar irrigada. A Trombose de veia renal (TVR) é rara, frequentemente insidiosa e dificilmente ocorre em indivíduos que não possuem condições subjacentes. As trombofilias são importante fator de risco para a ocorrência de eventos trombóticos, dentre elas, destaca-se a deficiência de proteína C.

Objetivos

Descrever caso de TEP e TVR associados à deficiência de proteína C.

Delineamento/Métodos

Estudo descritivo e qualitativo, realizado em hospital de São Luís - MA

Resultados

M.B.S., 48 anos, afrodescendente, feminino, do lar. Procurou pronto socorro com quadro de edema em membros inferiores, que se instalou de forma progressiva e ascendente, tosse produtiva, dispneia paroxística noturna e dispneia aos pequenos esforços. Refere ainda metrorragia devido a leiomioma. Exame físico: regular estado geral, lúcida, orientada, ventilando em ar ambiente e saturando 97%, eupneica, acianótica, com boa perfusão periférica. Ausculta cardíaca normal e na pulmonar apresentava murmúrios vesiculares diminuídos em base direita, com estertores creptantes. Sinais vitais sem alterações. Antecedentes pessoais: apresenta um episódio de trombose venosa profunda em membro inferior esquerdo há 07 meses. Sem história familiar de episódios tromboembólicos. A angiotomografia de tórax evidenciou sinais de tromboembolismo com oclusão da artéria pulmonar para o lobo inferior direito. A tomografia contrastada de abdome superior e pelve revelou obstrução da artéria renal principal direita e presença de trombo preenchendo parcialmente a veia cava inferior, se estendendo através da veia renal esquerda. Exames laboratoriais de anticoagulante lúpico, anticorpo anticardiolipina, mutação no fator V de Leiden e no gene da protrombina negativos, proteína C deficiente. Paciente recebeu anticoagulação plena, mantendo-se hemodinamicamente estável e aguardando a realização de filtro de veia cava.

Conclusões/Considerações finais

As trombofilias, que podem ser hereditárias ou adquiridas, levam a um estado de hipercoagulabilidade e representam uma predisposição aumentada à ocorrência de eventos trombóticos. A deficiência de proteína C é um tipo de trombofilia hereditária, e associada à deficiência de proteína S e antitrombina, responde por 5 a 15% dos casos de tromboembolismo venoso. Diante disso, o correto diagnóstico e abordagem se fazem essenciais para melhor prognóstico do paciente.

Palavras Chaves

tromboembolismo pulmonar, trombose veia renal, deficiência proteína C

Área

Clínica Médica

Instituições

universidade ceuma - Maranhão - Brasil

Autores

Laísa Brenda Corrêa Santos, Daniel Oliveira Coelho, Luma Solidade Barreto, Thaís Costa Alves, Anna Rafaella Souza Pavez