MEDIDA DO COMPRIMENTO DA TRANSLUCÊNCIA NUCAL E AVALIAÇÃO DO OSSO NASAL: ANÁLISE DE ULTRASSONOGRAFIAS OBSTÉTRICAS ENTRE A 11º E A 14º SEMANA DE GESTAÇÃO REALIZADAS NO SUL DO TOCANTINS
Fundamentação/Introdução: A medida do comprimento da translucência nucal (TN) e a avaliação do osso nasal (ON) são parâmetros bastante efetivos para a detecção de anomalias cromossômicas, utilizados no primeiro trimestre de gestação e responsáveis pela obtenção de consideráveis taxas de especificidade.
Objetivos: Correlacionar as medidas da Translucência Nucal e a avaliação do Osso Nasal com o risco de aneuploidias em pacientes no primeiro trimestre de gestação.
Delineamento/Métodos: Estudo de coorte longitudinal prospectivo realizado com dados de uma clínica de diagnóstico por imagem referência em ultrassonografia obstétrica no sul do Tocantins. As ultrassonografias obstétricas foram executadas por dois operadores experientes e em gestantes entre a 11º e a 14º semana de gestação, durante o ano de 2015. Realizou-se teste de estatística geral e Coeficiente de Correlação de Pearson. Contabilizou-se que, das 343 USGs realizadas, 50 foram incluídas neste estudo, em que se avaliou a medida da translucência nucal (TN) e a presença do osso nasal no rastreio de aneuploidias.
Resultados: No ano de 2015, das 343 USGs obstétricas realizadas, 50 eram de gestantes entre a 11ª e 14ª semana gestacional. A idade materna (IM) variou de 19 a 37 anos, com média de 27,58±6,03 anos. A idade gestacional média no momento da avaliação foi de 12,46±0,76 semanas (variando de 11 semanas e 4 dias a 13 semanas e 6 dias). A medida da translucência nucal (TN) foi informada em 28 laudos, cuja análise contabilizou a média de 1,36mm, que teve uma variação de 0,7mm a 2,1mm. Estatisticamente, há uma correlação bem fraca entre a medida da TN e a IM, com r (Pearson)=0,07. O estudo do osso nasal foi feito em 18 ultrassonografias, estando presente em todas. O comprimento cabeça-nádega apresentou uma média de 61,5±9,2mm.
Conclusões/Considerações finais: A avaliação do risco específico de aneuploidias é derivado do risco basal que correlaciona a idade da gestante com sua idade gestacional, com fator de correção por translucência nucal (TN), levando ao desvio do grau em relação à mediana do comprimento cabeça-nádega (CCN).Por meio destes estudos, verificou-se que o índice de aneuploidias nas pacientes em amostragem foi baixo e deve-se esclarecer, posteriormente com mais estudos, se tal fato ocorreu devido a idade materna jovem.
Osso Nasal, Idade materna, Ultrassonografia, Primeiro trimestre
Clínica Médica
Centro Universitário UNIRG - Tocantins - Brasil
Carla Bertonsin Silva Brito, Brenda Bezerra Marinho Mendes, Thiago Delmondes Feitosa, Fabiana Cândida de Queiroz Santos Anjos, William da Silva Neves