14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Análise do índice de mortalidade por eclâmpsia na gravidez no Brasil

Fundamentação/Introdução

A eclâmpsia na gravidez é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, uma doença que surge após a 20ª semana de gestação, em que a grávida desenvolve hipertensão, retenção de líquido e perda de proteínas pela urina. Ela é o grau mais grave do espectro da hipertensão na gravidez que se caracteriza pela presença de uma ou mais crises convulsivas, seguidos de coma, e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente.

Objetivos

Analisar o índice de mortalidade por eclâmpsia na gravidez no Brasil no período de 2012 a 2015.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um Estudo epidemiológico do tipo retrospectivo cujas informações foram obtidas por meio de consultas ao DATASUS, onde foi analisado, em recortes de tempo de 2012-2015, o índice de mortalidade por eclâmpsia na gravidez no Brasil.

Resultados

No período de 2012-2015 foram notificados 1082 óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos maternos no território brasileiro relacionadas a gravidez e puerpério por causas de edema, proteinúria e transtornos hipertensivos da gravidez (eclâmpsia).A região Centro-Oeste (CO) foi a com menor número de óbitos, sendo responsável por 30 casos neste ano. A com maior número de casos notificados foi a região Nordeste (NE), sendo responsável por 137. Em 2013 a região NE foi a de maior incidência, sendo 40,5% do total. Foi seguida pela região Sudeste (SE), com 30,9%. O sul apresentou menor incidência, sendo de 5,6%. O índice de mortalidade em 2014 foi de 348 casos no Brasil.A região NE e SE foram as de maiores números de óbitos, sendo responsáveis respectivamente por 136 e 112 casos do total. Foram seguidas pelo Norte (56 casos), Sul (24 casos) e, por último, pelo CO (20 casos). Em 2015, novamente,NE e SE foram as de maior incidência, apresentando porcentagens de 42.8% e 30.3%. Ao contrário do ano anterior, o Sul foi a de menor incidência, apresentando apenas 20 casos no ano.

Conclusões/Considerações finais

A partir dos dados apresentados foi observado que ao longo dos anos o índice de mortalidade por eclâmpsia no território brasileiro se mostrou ligeiramente constante, apresentando pequena variação. Sempre que observado, as regiões de maiores incidências foram o NE e SE, seguidas pelo Norte e em último lugar variando o Sul com o CO. Visto isso, podemos inferir que ações visando a prevenção do desenvolvimento da eclâmpsia e objetivando o tratamento da mesma ou de complicações dela devem ser aplicadas das regiões com maior casos de óbitos. Assim, diminuíriamos os indices de mortalidade materna pela eclâmpsia.

Palavras Chaves

Eclâmpsia, Gravidez, Mortalidade

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil, USS( Universidade Severino Sobral) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Lívia Liberata Barbosa Bandeira, Camylla Santos de Souza, Valeria Andrade Calado, Maria Isabel Cangussu, Dr. João David de Souza Neto