14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Hemangioendotelioma no pé – Relato de um caso clínico

Fundamentação/Introdução

O hemangioendotelioma epitelioide é um tumor vascular raro, composto por células epitelioides e por um estroma fibroso hialinizado. Ele é considerado um tumor maligno de agressividade baixa/intermediária, com apresentação clínica e prognóstico variados: pode cursar de forma indolente, regredir espontaneamente ou levar a óbito rapidamente.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente portadora de Hemangioendotelioma epitelioide em pé esquerdo e a importância do diagnostico diferencial.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo qualitativo observacional de caso realizado sob o consentimento do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição em que se realizou a pesquisa, embasado na análise do prontuário da paciente, de exames laboratoriais, imuno-histoquímicos, histopatológicos e de imagem e em entrevista presencial concedida por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados

K.M.O., feminino, 39 anos, faxineira. Encaminhada ao Serviço de Oncologia Ortopédica no Hospital São Marcos em Teresina – Piauí – Brasil, para avaliação de tumoração no pé esquerdo. Referia dor e incomodo local há vários anos com piora atual. Aparecimento de lesão visível de coloração púrpura na face plantar e lateral. A Ressonância Magnética (RM) mostrava lesão nodular localizada nas partes moles plantares do médio-pé junto à porção proximal do 5º metatarso, além de lesões nodulares localizadas nas interlinhas cuneiforme intermédio/lateral e cuneiforme lateral/cuboide, com discreto edema ósseo adjacente, associado a pequeno nódulo na face dorsal da 1ª articulação metatarso-falangiana, indicativas de Neoplasia. Realizou biopsia incisional, identificando-se, pelo exame histopatológico, uma neoplasia fusocelular de baixo grau. Ao estudo imuno-histoquímico complementar, constatou-se expressão focal de actina muscular, CD31 e CD34, além de baixo índice de proliferação celular (Ki-67 < 5%), confirmando um Hemangioendotelioma, em setembro do mesmo ano. Dessa forma, decidiu-se pela abordagem cirúrgica (ressecção marginal) em dezembro de 2016.

Conclusões/Considerações finais

O hemangioepitelioma ósseo é uma afecção neoplásica rara que não possui características patognomônicas no exame físico e por imagem. Dessa forma, só pode ser diagnosticado através de histopatologia e, às vezes, imuno-histoquimica, devendo ser incluído no diagnóstico diferencial dos tumores de partes moles no pé.

Área

Clínica Médica

Autores

Alana Pires da Silveira Fontenele Meneses, Carla Cecília da Costa Almeida, Isabela Dantas Oliveira, Marcelo Barbosa Ribeiro