14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM CLÍNICA, DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA DA ARTERITE DE TAKAYASU: RELATO DE CASO CLÍNICO

Fundamentação/Introdução

A Arterite de Takayasu é uma vasculite sistêmica que acomete artérias de grande e médio calibres, em especial a aorta e seus ramos primários. Ocorre com mais frequência no sexo feminino (prevalência de 10:1), e o início da doença dá-se entre os 15 e 40 anos. Trata-se de uma doença rara com predomínio em países asiáticos e prevalência estimada de 1 em 200.000 indivíduos.

Objetivos

O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de Arterite de Takayasu acompanhado desde a investigação diagnóstica até a abordagem terapêutica utilizada e seus resultados.

Delineamento/Métodos

Mulher de 58 anos, com queixa de precordialgia aos pequenos esforços, associada a dispneia leve e taquicardia, que melhoravam ao repouso. Referiu também dor, edema e parestesia em membros inferiores (MMII) que pioravam aos esforços e melhoravam com repouso.
Ao exame físico, encontrou-se pressão arterial média (PAM) do membro superior direito de 83.3 mmHg, enquanto no membro superior esquerdo foi de 93.3 mmHg. Nos MMII, pressões foram inaudíveis, assim como os pulsos impalpáveis. O exame cardíaco evidenciou sopro sistólico em foco mitral.

Resultados

A arteriografia torácica e abdominal evidenciou oclusão total do terço distal da aorta abdominal, com obstrução de 60% das artérias renais e presença se extensa rede de colaterais para enchimento das artérias ilíacas.
O diagnóstico de Arterite de Takayasu da paciente relatada foi firmado segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. São seis critérios avaliados, sendo cinco deles clínicos e um arteriográfico. Na presença de pelo menos três, fecha-se o diagnóstico, os quais a paciente apresentava.
Existe uma classificação de acordo com a topografia do acometimento conhecida como classificação de Hata, de acordo com a qual a paciente pode ser classificada em tipo IV.
Atualmente está em uso de Rosuvastatina, Losartana, Hidroclorotiazida, Carvedilol, Cilostazol, Clopidogrel, Ticlopidina, Verapamil, Propatilnitrato, Pantoprazol, Fluoxetina e Diazepan. Foi introduzida Prednisona 60 mg 1x/dia.

Conclusões/Considerações finais

A possibilidade de acometimento difuso da Arterite de Takayasu é um grande complicador do prognóstico e tratamento dessa vasculite. O diagnóstico precoce diminui a morbimortalidade e uma propedêutica adequada aponta para um melhor resultado clínico apesar do curso progressivo da doença. Estudos multicêntricos randomizados são necessários para definição do melhor plano terapêutico.

Palavras Chaves

Arterite de Takayasu; vasculite sistêmica; doença sem pulso.

Área

Clínica Médica

Autores

Laura Caroline Gonzaga de Carvalho, Joaquim Domingos Soares, Danillo Bonifácio Faleiro Braga, Lucas Alves Teixeira Oliveira, Leonardo Kado Takeda