Título

Meningite bacteriana por Haemoplilus influenzae em paciente adulto – Relato de caso

Fundamentação/Introdução

Meningite é infecção purulenta das meninges e do espaço subaracnoide. Essa é uma condição clínica que está relacionada a reação inflamatória no sistema nervoso central e que se manifesta com rebaixamento do nível de consciência convulsão aumento da pressão intracraniana e eventos isquêmicos. Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae são os principais agentes etiológicos. O Haemophilus influenzae, encontra-se na nasofaringe de cerca de 60 a 90% das crianças e adultos saudáveis. Nota-se declínio da incidência de meningite por esse microorganismo desde a introdução da vacina anti-HiB. Entretanto no estado de Santa Catarina, em 2015 houve a notificação de 1 caso, com aumento para 4 novos casos em 2016.

Objetivos

Relatar um caso de Meningite bacteriana por Haemophilus influenzae, em adulto, atendido em Hospital Terciário da Grande Florianópolis-SC.

Delineamento/Métodos

AM feminina 39 anos procurou atendimento devido a cefaleia holocraniana associada a fotofobia e náuseas e episódio de vômito em jato. Referia calafrios não havia aferido a temperatura. Apresentava petéquias em membros superiores e inferiores. No dia anterior estava com otalgia procurou atendimento e foi medicada com Azitromicina. Sem comorbidades. Ao exame, sonolenta pupilas isofotorreagentes escala de coma de Glasgow 13 ausência de sinais focais rigidez de nuca e Kerning positivo. Realizou-se punção lombar e iniciou tratamento empírico com Ceftriaxona, Vancomicina e Dexametasona. Punção lombar: Líquor xantocrômico. Citologia: Leucócitos 304/mm³ hemácias 32/mm³ linfomononucleares 1% polimorfonucleares 99% glicose 0 proteínas 253 LDH179 . Bacterioscopia: Bacilos gram negativos. PCR 115,3. TC de Crânio mostrou secreção com níveis líquidos nos seios maxilares, etmoidais e esfenoidais, sugerindo sinusopatia aguda. Na cultura do líquor houve o crescimento de Haemophilus influenzae.

Resultados

Paciente apresentou melhora clínica significativa após 3 dias de internação e tratamento com Ceftriaxona 2g e Dexametasona 4mg. Manteve-se a Dexametasona até o 5º dia de internação hospitalar, no 7º dia a paciente teve alta médica e manteve o tratamento com Ceftriaxona EV por mais 3 dias

Conclusões/Considerações finais

Todos os casos de meningite bacteriana devem ser considerados emergências médicas e, por esse motivo é necessário iniciar o tratamento antes conhecer o agente etiológico. Com a certeza do microorganismo causador, deve-se adequar, se necessário, as medicações, bem como instituir quimioproxilaxia aos contatos para controle epidemiologico