CONHECIMENTO, TRATAMENTO E CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS EM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE ARACAJU, SERGIPE
Introdução:A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) não controlada permanece como importante problema nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há a necessidade de tratamento adequado com mudanças dietéticas e comportamentais, além da manutenção rigorosa da terapêutica medicamentosa. A relação existente entre a não adesão ao tratamento e o conhecimento do paciente sobre a doença e o regime terapêutico tem sido constantemente reportada. Ademais, o curso insidioso da HAS contribui para essa falta de entendimento, podendo favorecer o negligenciamento do tratamento e do controle da pressão arterial (PA) para níveis satisfatório.
Objetivos: Identificar o conhecimento de hipertensos acerca da sua doença e verificar os fatores associados à não adesão à terapia anti-hipertensiva farmacológica e não farmacológica. Além disso, estadiar o grau de controle que os pacientes hipertensos possuem acerca de sua PA.
Métodos: Estudo transversal, descritivo, observacional, quantitativo com 128 indivíduos hipertensos, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, atendidos em ambulatório de especialidades médicas. Foi respondido um questionário que abordou dados epidemiológicos, fatores de risco cardiovascular, conhecimento e controle sobre o tratamento da doença, comorbidades e complicações da HAS. Ademais, os participantes foram submetidos à avaliação do índice de massa corporal (IMC) e aferição da PA.
Resultados: Entre os participantes, a maior parte confirma que os níveis pressóricos são elevados quando maiores que 140/90 mmHg (71,87%), que a HAS pode trazer complicações (84%) e que a mesma não é assintomática (75%). Apesar disso, alguns (22%) sustentam a ideia de que o tratamento não seja para a vida toda. Entre a terapêutica não farmacológica, a grande maioria alega que reduzir peso (81,25%), sal (90,6%), estresse (87,5%) e fazer exercício físico (81,25%) ajudam a controlar a PA. Ainda que o tratamento correto seja necessário, cerca de 10% tomam medicação apenas quando sentem sintomas e mais de 50% já deixou de tomar a mesma alguma vez, sendo o esquecimento o principal motivo. Quanto ao controle da doença, 65,6% não têm o hábito de aferir a PA, ainda que 46,8% faça essa avaliação pelo menos uma vez na semana.
Conclusão: Os resultados evidenciaram que a grande maioria compreende a doença que possui, contudo, qualquer fragilidade desse conhecimento pode constituir fator associado à não adesão terapêutica e ao não controle dos níveis tensionais da pressão arterial.
Palavras Chaves: Hipertensão; Estilo de Vida; Tratamento Farmacológico.
Clínica Médica
Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil
Bárbara Allana Ferreira Cabral, Denison Santos Silva, Mateus Nogueira Moura, Marcela de Sá Gouveia, Renata Mateus Leal