Título

Importância da avaliação do perfil de resistência antifúngica de isolados de Candida spp em pacientes HIV/AIDS: a propósito de um relato de experiência no norte do Tocantins

Fundamentação/Introdução

A candidíase oral configura-se como uma das doenças que mais acometem pacientes HIV positivos, sendo mais frequentemente observada em pacientes com contagem de CD4+ <200 células /μL, funcionando assim, como um marcador de progressão para a fase de AIDS e sinalizadora de imunodepressão.

Objetivos

Relatar experiências de acadêmicos de medicina durante estágio curricular em hospital de referência para HIV/AIDS do norte do Tocantins.

Delineamento/Métodos

Relato de experiência, estudo descritivo, retrospectivo verídico, observacional, pautado em revisão bibliográfica.

Resultados

O problema da resistência antifúngica no paciente com HIV/AIDS, em se tratando das infecções por Candida spp., afeta sua qualidade de vida, uma vez que mais frequentes e graves serão as recidivas, mais vezes esse paciente deverá retornar ao serviço de saúde, além do inconveniente da doença que acomete a cavidade oral, tornando dificultada a alimentação e hábitos de higiene oral desse paciente. Em todos os serviços de saúde esse é um problema latente. Em Araguaína, norte do Tocantins, o Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína – TO (HDT) é referência para o atendimento de doenças infecciosas no Estado e possui extensa área de abrangência loco-regional, destacando-se pela assistência ao paciente com HIV/AIDS e infecções oportunistas, tal como as infecções por Candida spp. Assim, em se tratando de estudar o perfil de sensibilidade de linhagens de Candida spp., o HDT torna-se um importante local de estudo, em virtude da confluência da maioria dos casos do município e da macrorregião, assim como, representar o centro mais preparado para receber tais pacientes e conduzir seu acompanhamento clínico.

Conclusões/Considerações finais

O tratamento da candidíase oral, em geral, é instituído empiricamente, porém é importante lembrar que essa infecção pode apresentar-se com sintomas e aparência macroscópica bastante variáveis. Esse polimorfismo clínico exigiria do clínico a necessidade de adequação da terapêutica, contudo o tratamento medicamentoso utilizado na candidíase orofaríngea, em pacientes infectados pelo HIV, é instituído empiricamente e muitas vezes por tempo prolongado. Ademais, é comum nesses pacientes a adoção de quimioprofilaxia antifúngica e tratamentos de repetição. Estes fatos contribuem para a seleção de linhagens de leveduras resistentes aos fármacos preconizados pelos protocolos de tratamento.

Palavras Chaves

Candidíase oral, Resistência antifúngica, HIV/AIDS