14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ESPONDILITE ANQUILOSANTE: ASPECTOS CLÍNICOS, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA – UM RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica que faz parte de um grupo de doenças classificadas como espondiloartropatias. Tem maior prevalência no sexo masculino (6:1), raça branca e indivíduos jovens. Acomete o esqueleto axial de forma ascendente e leva a grande incapacidade funcional com a evolução da doença.

Objetivos

Os objetivos deste trabalho são descrever e avaliar a evolução de uma paciente com EA antes e após o correto diagnóstico e propedêutica adequada para a doença.

Delineamento/Métodos

A.K.R.S., 21 anos, feminino, atleta até os 18 anos de idade. Relata dois quadros de lombalgia súbita, aos 16 e 19 anos, de intensidade 9/10. Fez uso de Pregabalina, Meloxicam, Naproxeno por 5 meses e realizou fisioterapia por 3 meses, sem melhora significativa. Ressonância magnética da região sacral evidenciou edema e sacroileíte bilateral, com desgaste de L4 e L5. Exames laboratoriais apresentaram anemia, aumento do VHL, Fator Reumatoide negativo e HLA-B27 reagente. Aos 20 anos de idade, foi diagnosticada com EA e iniciou tratamento com Sulfasalazina 1000mg 2x/dia, Meloxicam, Pregabalina, vitamina D, Ferritina, com leve melhora por 3 meses. Após 6 meses, houve discreta diminuição do VHS e tomografia computadorizada evidenciou evolução da doença. Atualmente em uso da Sulfasalazina, Celecoxibe, vitamina D, Ferritina. Refere dor de intensidade 6/10, do tipo “fisgada” em região lombar com irradiação para região cervical e ombros, bilateralmente, rigidez matinal de cerca de 10 minutos, piora do quadro em baixas temperaturas ou ao estresse, limitação da força em membros superiores, dificuldade para subir e descer escadas e despertares noturnos. Foi indicado o início da terapia biológica e aguarda-se liberação do medicamento.

Resultados

O diagnóstico da EA pode ser feito por meio dos critérios de Nova York modificados, que combinam critérios clínicos e radiográficos, os quais estão presentes no caso e fundamentam o diagnóstico da paciente. O tratamento da EA baseia-se em fisioterapia, uso de anti-inflamatórios não-hormonais, corticoides e, em casos mais avançados, terapia biológica.

Conclusões/Considerações finais

A espondilite anquilosante é uma doença crônica de difícil diagnóstico. É importante, para o paciente em tratamento, visar o amparo psicológico e fisioterápico, além de diferentes classes de medicamentos que devem ter controle adequado, evitando o uso prolongado dos mesmos.

Palavras Chaves

Espondilite anquilosante, espondiloartropatia, doença crônica.

Área

Clínica Médica

Autores

Laura Caroline Gonzaga de Carvalho, Danillo Bonifácio Faleiro Braga, Isabella Lumena Martins Silva, Joaquim Domingos Soares, Angélica Pereira de Amorim