14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Correlação de indicadores antropométricos de obesidade e prevalência de Esteatose hepática não alcoólica diagnosticada por ultrassonografia.

Fundamentação/Introdução

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), patologia que acomete de 73 a 90% dos pacientes obesos, caracteriza-se pela deposição de lipídeos no parênquima hepático na ausência de etiologias virais, alcoólicas ou metabólicas. Para seu diagnóstico, a ultrassonografia abdominal (US) é uma boa alternativa, pois possuí baixo custo quando comparado a outros métodos de imagem. Contudo, pelo custo inerente ao exame, surge a necessidade de estabelecer riscos através de uma triagem simples e que indique o uso do exame. Assim, pode–se incluir o índice de massa corporal (IMC) para avaliar a obesidade central e a circunferência de cintura (CC) e relação cintura-quadril (RCQ) para avaliar obesidade abdominal. Todavia, há divergências na literatura que estabeleçam o melhor método antropométrico para predizer complicações da obesidade.

Objetivos

Correlacionar os índices antropométricos IMC, CC e RCQ com a presença ou não de DHGNA diagnosticada pela US.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo descritivo com coleta de dados em uma Clínica de Ultrassonografia, realizado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Tiradentes sob o parecer nº 2.190.110. A amostra contou com 166 pacientes, de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 80 anos de idade, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os pacientes foram diagnosticados como portadores ou não de DHGNA na US e analisados por meio dos fatores antropométricos citados. Os dados foram analisados através no software IBM SPSS® 22.0 para Windows e o nível de significância utilizado foi p < 0,05.

Resultados

Um total de 166 pacientes foram avaliados por US quanto a presença ou não de DHGNA, bem como foram tabulados os índices antropométricos destes, de forma que 39,1% apresentaram algum grau da doença (65). Dos que apresentaram a patologia, 44,6% apresentaram grau I; 47,7% grau II e 7,7% grau III. A presença ou não de esteatose foi correlacionada com os índices antropométricos e obteve resultado significativo estatísticamente para todos estes (p<0,0001). A correlação com o grau de desenvolvimento da doença, entretanto, apresentou resultado significativo apenas para o índice cintura/quadril (p=0,0214) e para circunferência da cintura (p=0,004).

Conclusões/Considerações finais

Houve correlação significativa dos índices antropométricos com a presença ou não de DHGNA e destes, a CC e o CQC foram os índices significativos para graus mais avançados, o que mostra a importância da obesidade abdominal na patogênese da DHGNA.

Palavras Chaves

Esteatose hepática; Ultrassonografia; Antropometria; Obesidade; Síndrome Metabólica

Área

Clínica Médica

Autores

Allan Victor Hora Mota, Josilda Ferreira Cruz, Jéssica Teles Santana, Beatriz Mendonça Martins , Sônia Oliveira Lima