14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Granulomatose com poliangeíte: Relato de caso

Fundamentação/Introdução

A granulomatose com poliangeíte (GPA), anteriormente chamada de granulomatose de Wegener, é uma vasculite necrotizante granulomatosa sistêmica,pauci-imune,que afeta predominantemente o trato respiratório superior,pulmões e rins.Os pacientes afetados por essa moléstia podem apresentar sintomas gerais e específicos do comprometimento respiratório alto ou pulmonar,renal,cutâneo ou de outros órgãos.O tratamento é realizado principalmente com drogas imunossupressoras e deve ser instituído o mais precocemente possível.

Objetivos

Relatar as características clínicas e laboratoriais e a evolução de uma paciente com GPA em acompanhamento ambulatorial.

Delineamento/Métodos

Relato de caso e revisão bibliográfica sobre os aspectos clínicos e diagnósticos da granulomatose com poliangeíte.

Resultados

Mulher,casada, 39 anos,natural e procedente de Sorocaba,parda,doméstica e evangélica. Em 2008 apresentou quadro prolongado de tosse,obstrução nasal e rinorreia,sendo diagnosticada inicialmente com sinusite. Entretanto,mesmo com o tratamento clínico adequado,houve persistência e piora progressiva da tosse. Encaminhada ao otorrinolaringologista,que suspeitou e confirmou o diagnóstico de GPA através da clínica,c-ANCA positivo(1:20) e biópsia de vias aéreas superiores. Iniciou tratamento com pulsoterapia de metilpredinisolona por 6 meses. Após,foi prescrito prednisona 20mg/dia. Em 2014,foi encontrada proteinúria de 2g/24h e uma creatinina de 1,2 mg/dl. A paciente foi internada por 4 dias e medicada com pulsoterapia de metilprednisolona 1g/dia por 3 dias,uma dose de ciclofosfamida 1g IV e sulfametoxazol + trimetoprima 800/60mg 12/12h. Após alta hospital,foi prescrita prednisona 40mg/dia e realizado encaminhamento para o ambulatório de reumatologia. Em 2015,devido à persistência dos níveis de proteinúria,foi encaminhada ao ambulatório de nefrologia. A biópsia renal não foi feita por problemas logísticos e pelo fato do diagnóstico já estar definido. Ultrassonografia de rins e vias urinárias sem alterações. Radiografia de tórax e tomografia de tórax sem alterações pleuropulmonares. A paciente continuou em tratamento e acompanhamento laboratorial com as duas especialidades.

Conclusões/Considerações finais

A GPA pode se manifestar com diferentes graus de gravidade, requerendo por vezes tratamento imunossupressor agressivo e plasmaférese. Assim sendo,cada caso deve ser analisado de forma específica e,pesados os riscos e os benefícios do tratamento,escolhida a melhor opção terapêutica para cada paciente objetivando evitar complicações precoce.

Área

Clínica Médica

Instituições

Pontifícia Universidade Católica - São Paulo - Brasil

Autores

Beatriz Castro Ribeiro, Cibele Isaac Saad Rodrigues, Ronaldo D'avila, Camila Gabriel Carraro, Ana Carolina Silva