14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE NO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2010 A 2015

Fundamentação/Introdução

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa que atinge diversos países do mundo, cujo principal agente etiológico é Mycobacterium leprae. No Brasil, a hanseníase é distribuída de forma heterogênia nos diversos estados, apresentando cargas maiores na região norte, nordeste e centro-oeste. De acordo os parâmetros do Ministério da Saúde, a hanseníase no Tocantins é considerada uma hiperendemia, sendo que, no ano de 2012 ocupou o segundo lugar no ranking brasileiro.

Objetivos

Analisar o quantitativo de casos novos e casos prevalentes de hanseníase pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no estado do Tocantins no período de 2010 a 2015.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter quantitativo e qualitativo provenientes de dados do SINAN. Como critério de inclusão ao estudo, foi utilizados materiais de publicação relacionados à situação epidemiológica do estado e região norte. Foram analisados somente o número de casos novos e casos prevalecentes notificados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

Resultados

No período de 2010 a 2015, registrou-se 5.912 casos novos, assim como, 870 casos prevalecentes de hanseníase em todo estado do Tocantins. Nesse período, constatou-se que não houve tendência em declínio, mas apresentando casos de incidências menores no ano de 2013 e 2015, ocorrendo respectivamente uma redução de 14,22% e 16,17% em relação aos anos anteriores. Já a prevalência aumentou-se gradativamente em valores, sendo que, o número maior de casos se deu no ano de 2015, apresentando 631 casos de hanseníase, o que representa 72,52% do total. Através da análise qualitativa, constatou maior prevalência de hanseníase em homens durante todo o período. A incidência e prevalência foram maiores na faixa etária de 35 a 49 anos. As regiões de maiores densidades, bem como, a rede de serviços de referência de hanseníase no estado, apresentaram-se maiores números de notificações.

Conclusões/Considerações finais

No período em estudo, os dados analisados demonstrou persistência de valores significativos de casos novos e prevalecentes de hanseníase. Ainda que, o estado possua serviços de referência da doença, é necessária uma cobertura de controle, atenção, abordagem da transmissão e, por fim, o combate aos elevados números de casos no estado.

Palavras Chaves

Hanseníase; Hiperendemia; Tocantins

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil

Autores

Wenderson Soares Cordeiro, Fernanda Vieira Nascimento, Jorge Batista Alves Paz, Fernando Tranqueira Silva, Paula Fleury Curado