ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE EM PALMAS-TO.
Embora seja uma doença de fácil diagnóstico e tratamento, a hanseníase ainda é um importante problema de saúde pública no Brasil. Cujo dano neurológico é responsável por importantes sequelas que podem surgir. A fim de detectar precocemente estas incapacidades, a avaliação dermato-neurológica deve ser realizada nos pacientes em tratamento.
Investigar os aspectos e clínico-epidemiológicas da hanseníase: forma clínica e grau de incapacidade física no diagnostico, através do banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas-TO, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2016.
O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa em Humanos, e segue os preceitos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
O estudo epidemiológico é do tipo descritivo, retrospectivo dos casos de hanseníase do município de Palmas - TO, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre o período de janeiro de 2009 a dezembro de 2016. Foram analisadas as variáveis: forma clínica e grau de incapacidade física.
A forma clínica dimorfa representou 58,58% dos casos de hanseníase no período analisado, a indeterminada 17,4% dos casos, tuberculóide 11,3% e virchowiana 9,3%. Sendo que 3,4% dos casos novos não tiveram a forma clinica classificada.
Quanto ao grau de incapacidade física, observou-se que no período analisado 95,6% dos casos novos de hanseníase tiveram o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Já a proporção de casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico, entre os avaliados foi de 6,7%.
A avaliação do grau de incapacidade física abrangeu quase a totalidade dos indivíduos, sendo considerado bom (>90%), conforme critérios do Ministério da Saúde. Porém é possível notar uma tendência de crescimento do número de indivíduos diagnosticados com grau II de incapacidade física, o que enfatiza o diagnostico tardio da hanseníase e um prognostico ruim, podendo levar ao desenvolvimento de incapacidades limitantes em jovens. A proporção de casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnostico, entre os casos detectados e avaliados foi media (5 - 9,9%) conforme critérios do Ministério da Saúde.
Hanseníase; Mycobacterium leprae; Nervos Periféricos.
Clínica Médica
Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil
Guilhermes Henrique Cavalcante, Álvaro Rossano Cavalcante, Daniel Botelho Mariano, Jefferson Luis Santos Botelho, Sandra Maria Botelho Mariano