TRAMENTO DAS PNEUMONIAS ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE NOS PACIENTES INTERNADOS NO HRDJC
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) constitui importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A avaliação das características clínico evolutivas (incluindo a gravidade da PAC) e epidemiológicas são imprescindíveis como estratégia para estabelecer as hipóteses etiológicas em ordem de probabilidade. A combinação destas informações com a avaliação da gravidade da pneumonia é utilizada como um instrumento no manejo diagnóstico e terapêutico inicial do paciente cujo alvo é o patógeno.
Nesta avaliação, também é fundamental o reconhecimento de fatores de risco para patógenos específicos e para mecanismos específicos de resistência. O uso prévio de antibióticos é um dos principais fatores de risco, com associação causal, associados à seleção de patógenos com resistência intrínseca e à seleção e emergência de mecanismos de resistência adquirida
Apesar dos avanços da propedêutica na abordagem as afecções respiratórias, 50% dos casos de pneumonia adquirida na comunidade não têm sua etiologia esclarecida, dessa forma, o presente estudo tem por objetivo observar se o esquema antibiótico escolhido tem mudado o prognóstico dos pacientes internados no HRDJC.
Estudo prospectivo observacional onde serão incluídos todos os pacientes adultos, maiores de 18 anos, com quadro clínico compatível com Pneumonia adquirida na comunidade, opacidade radiológica pulmonar recente e com dois itens entre febre, tosse produtiva e leucocitose, admitidos no HRDJC.
No período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2016 foram internados 46 pacientes com diagnostico de PAC, a mortalidade foi de 23,68%, a taxa de reiternação foi de 2,63%. O CURB-65 variou de 0 a 4. O antibiótico usando nas primeiras horas foi:
Em 23,68% dos casos cefalosporina de segunda geração isolada, em 47,37% cefalosporina de segunda geração associado a outro antibiótico e em 18,42% quinolona respiratória isoladamente.
Observou-se que em 42,1% dos que utilizaram esquema antibiótico inicial responderam bem ao tratamento, com permanência média de 5 dias internados.
O uso do antibiótico nas primeiras horas melhora o prognóstico do pacientes e a Levofloxacina de forma isolada constitui-se a melhor opção nos pacientes que não necessitaram de um segundo esquema antibiótico, com 57,14% de alta com o uso exclusivo deste. No caso da utilização de ceftriaxona isoladamente como primeiro esquema, 33,33% necessitaram do segundo esquema, devido piora do quadro clínico.
Afecções respiratórias, antimicrobianos, prognóstico
Clínica Médica
Faculdades Integradas de Patos - Paraíba - Brasil
Ingrid Pinto Torres, Pedro Augusto Dias Timoteo, Filipe Diógenes Forte Melo