14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Dermatomiosite idiopática: um desafio diagnóstico em hospital secundário - um relato de caso.

Fundamentação/Introdução

A dermatomiosite (DM) é uma doença idiopática do tecido conjuntivo que associa miopatia inflamatória a alterações cutâneas e sistêmicas. Seu maior conhecimento imunológico, e com o aperfeiçoamento das técnicas de imagem, tem aumento muito o interesse sobre a doença na última década.

Objetivos

Demonstrar a dificuldade encontrada em hospital público para se fechar diagnóstico da doença, obrigando o médico a utilizar-se de outros métodos clínicos.

Delineamento/Métodos

Paciente de 23 anos, sexo feminino, com história de mialgia intensa, fraqueza muscular proximal simétrica e máculas eritematosas em face. Apresentou alterações laboratoriais na admissão, CPK: 11.850 U/L, DHL: 1.967 U/L, TGO: 361 U/L, TGP: 383 U/L, VHS 26 mm/h, PCR 18,4 mg/dL, além de FAN com padrão nuclear pontilhado fino e auto anticorpos não reagentes (Anti-musculo liso, Anti-DNA fita dupla, Anti-Sm, Anti-JO1, Anti-RO, Anti-LA, Alfa-1-Antitripsina, Anti-RNP, Anti-SCL-70). Usando os critérios descritos por Bohan e Peter, a paciente apresentava critérios para DM classificada como “provável” diagnóstico. Contudo, como hospital secundário, a instituição não disponibiliza de biópsia muscular como rotina, assim como serviço de eletroneuromiografia (ENMG) e ressonância nuclear magnética. Optamos por iniciar corticoterapia oral e aprofundar investigação clínica. Durante internação a paciente apresentou piora do quadro miopático, sendo necessário a realização de pulsoterapia. Nesse meio tempo, após conversas com equipe de cirurgia, foi realizado esforços para que fosse feito a biópsia muscular, cujo resultado não evidenciou alterações. Paciente apresentou boa resposta à pulsoterapia, não apresentando complicações durante a mesma. Recebeu alta com acompanhamento ambulatorial, havendo necessidade de a mesma realizar ENMG por meios próprios, cujo resultado foi compatível com alterações de miopatia inflamatória. Assim, passamos a classificar a doença da paciente como “definida”, segundo Bohan e Peter. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial na instituição e com especialista.

Resultados

Diante da carência de recursos cada vez mais evidentes nos hospitais públicos brasileiros, os médicos têm cada vez mais de utilizar-se de métodos que auxiliem o diagnóstico das doenças. Nesse caso, utilizamos os critérios propostos por Bohan e Peter para estabelecer diagnóstico e iniciar terapêutica.

Conclusões/Considerações finais

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Palavras Chaves

dermatomiosite, polimiosite, doenças musculares, doenças auto-imunes, doenças do tecido conjuntivo

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital do M boi Mirim - São Paulo - Brasil

Autores

kaue cezaro santos, Luis Fernando Faitta