14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Panorama da hanseníase no estado do Tocantins: uma análise comparativa a nível nacional entre 2010 e 2015

Fundamentação/Introdução

Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, crônica e insidiosa causada pelo Mycobacterium leprae, cuja notificação e investigação são obrigatórias. No Estado do Tocantins, a hanseníase é considerada hiperendêmica, segundo o Ministério da Saúde.

Objetivos

Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da Hanseníase no Tocantins de acordo com variáveis socioeconômicas qualitativas e quantitativas e comparar resultados a nível nacional

Delineamento/Métodos

Delineamento: O estudo epidemiológico realizado é agregado observacional, cujo delineamento se deu através de dados obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema único de Saúde do Brasil (DATASUS) e Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN).

Resultados

Resultados: Segundo o Ministério da Saúde, a soma do número de indivíduos com Hanseníase no Tocantins entre o período de 2010 até 2015 totalizou 7245, atrás apenas do Pará na região norte. Durante esse período, a prevalência foi maior no sexo masculino (59%) e crescente até a faixa etária de 35-49 anos, com maior número de casos na mesma (26,5%); exatamente mesmo foi encontrado a nível nacional. A maior parte dos casos novos ocorreu na cidade de Palmas (14,8%), seguida pela cidade de Araguaína (13,6%) e a porcentagem de pessoas por residência com hanseníase no estado apresentou pequenas variações e ficou em torno de 3,0%, chegando a 3,3%, em 2014 e a 2,9% em 2013. O Tocantins apresentou 2º lugar quanto ao coeficiente de casos novos no (68,01) e o coeficiente de prevalência (1,0) no Brasil, ficando atrás apenas do Mato Grosso em ambos os parâmetros, cujos valores foram de 81,21 e 2,08, respectivamente. Dentre os casos novos, 1,9% são oriundos de recidivas – especialmente em Palmas, cujo percentual é o maior (27,5%). Quanto a cura, 76,8% ocorreu sem sequelas, com porcentagem próxima a nível nacional de 77,2%. Em relação ao tratamento, entre apenas 948 pacientes avaliados, 86% segue com poliquimioterapia padrão e há taxa de abandono de 8,22%, enquanto no país tal porcentagem é de 13,14%.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: O Tocantins apresenta destaque a nível nacional em relação a hanseníase, tendo esta alta endemicidade no estado. Nota-se que cidade de Palmas representa o maior número de casos e que políticas públicas devem ser realizadas visando prevenção e terapêutica efetivas, bem como a melhor notificação e acompanhamento dos mesmos.

Palavras Chaves

Palavras Chaves: Hanseníase, epidemiologia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil

Autores

Aline Barbosa Lopes, Luisa Lopes Dias da Silva, Fernando Tranqueira da Silva, Jorge Batista Alves da Paz, Paula Fleury Curado