14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Estudo sobre a mortalidade por câncer de cavidade oral no Brasil nos últimos 5 anos

Fundamentação/Introdução

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2016), foram registrados, no ano de 2016, 11.140 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.350 em mulheres no Brasil. Esse diagnóstico tem sido realizado tardiamente, o que tem contribuído para os altos índices de morbimortalidade dessa doença e para eleição de terapêuticas mais agressivas.

Objetivos

Caracterizar o perfil de mortalidade por câncer de cavidade oral no Brasil, no período entre 2012 e 2017.


Delineamento/Métodos

Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram utilizadas as variáveis: número de internamentos, tempo médio de permanência hospitalar, faixa etária, taxa de mortalidade, óbitos, caráter do atendimento sexo e cor/raça, analisadas em um recorte de 5 anos (2012-2017).

Resultados

De janeiro de 2012 a maio de 2017, ocorreram 140.688 internações no Brasil por câncer de cavidade oral, sendo 72,6% do sexo masculino e 27,4% do sexo feminino. Cerca de 44% dos pacientes internos eram brancos, seguidos pelos 32,4% pardos. A faixa etária mais acometida foi a dos 50-59 anos - 29,5%. A média de permanência para ambos os sexos no Brasil foi de 6 dias, sendo o estado do Pará o de maior média - 14,3. No Brasil, o número total de óbitos foi de 16.235, com cerca de 51% apenas na região Sudeste, seguida da região Nordeste, com 20%. entre os pacientes internados, 11,02% dos brancos, 13,55% de cor preta, 11,82% dos pardos, 11,57% de cor amarela e 3,33% dos indígenas vieram a óbito. A taxa de mortalidade foi de 11,54 a cada 1000 habitantes e após o primeiro ano de vida ela aumentou de acordo com a faixa etária, sendo a dos pacientes acima de 80 anos igual a 18,96/1000 habitantes. A região Norte apresentou a maior taxa de mortalidade, 14,21%, enquanto a menor esteve no Nordeste, 10,25%. Em todas as regiões, a taxa de mortalidade foi maior no sexo masculino. Cerca de 46% dos atendimentos foram feitos em caráter eletivo, e 54% em urgência.

Conclusões/Considerações finais

Diante do quadro de gravidade advindo do câncer de cavidade oral, evidencia-se a necessidade de investimentos na área a fim de mudar o curso dessa doença, que atinge de forma tão grave principalmente uma população ativa e produtiva. Dessa forma, além de diminuir o impacto na saúde pública, a resolubilidade a partir de abordagens terapêuticas mais eficazes seria capaz de reduzir o prognóstico atual, permitindo desfechos mais favoráveis.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - Alagoas - Brasil, Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil

Autores

Paula Fernanda Neves Silva, Willyam Barros Saraiva, Rayssa Alves Leite, Beatriz Fernandes Brêda, Arthur Henrique Brêda Filho