14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Uso de antirretroviral na criança verticalmente exposta ao HIV e profilaxia pós-parto: experiência de seis anos em hospital de doenças tropicais no norte do Tocantins

Fundamentação/Introdução

A transmissão vertical do HIV é a condição na qual a criança é infectada pelo vírus durante a gestação, no momento do parto ou até mesmo na amamentação.

Objetivos

Apresentar dados fidedignos a respeito da infecção e exposição vertical ao vírus HIV, determinando por quais linhas passam a profilaxia pós-parto e se o tratamento antirretroviral é instituído de acordo com recomendações do Ministério da Saúde (MS) ao infante exposto ao vírus.

Delineamento/Métodos

Estudo observacional de natureza retrospectiva, descritiva, bibliográfica seguida de trabalho de campo, documental com análise de fichas de notificação do SINAN e prontuários de 2010 a 2016 no Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT).

Resultados

No presente estudo foram analisados 75 casos de exposição vertical ao HIV, desses casos em 17 não consta se houve ou não amamentação, mas nesse intervalo de tempo 5 mães amamentaram seus filhos (6,67%), colocando-os em grave risco de infecção. No entanto, a maioria (n=53), que representa 70,67% dos casos, não amamentou. Quanto à profilaxia antirretroviral dos lactentes, pode-se inferir que em 40% dos casos foi utilizada a Zidovudina (AZT) e em 13,33% associaram-se o AZT à Nevirapina (NVP); 5 pacientes não fizeram uso do esquema profilático. Com relação a terapia antirretroviral empregada houve divergências de esquema. O uso apenas do AZT foi prevalente em 53,33% dos casos. Sua associação com o NVP foi verificada em 18 casos (24%). A associação tripla de AZT, NVP e Lamivudina (3TC) foi usada em 4 pacientes somente por um período menor que 6 meses, nenhum caso de uso em pacientes por mais de 6 meses. A associação de Abacavir ao AZT e NVP representou 2,67% dos casos e apenas 1 não fez uso do antirretroviral. No tocante ao número de crianças infectadas por transmissão vertical, foi verificado um caso apenas (1,33% dos casos até a definição da última sorologia). Neste caso específico, não houve aderência por parte da mãe ao uso da terapia antirretroviral.

Conclusões/Considerações finais

A porcentagem de mães que optaram pela amamentação pode refletir o baixo grau de instrução dessas e/ou a possível falta de uma orientação adequada, informação que deixassem claros os sérios riscos de oferecer o leite materno. A adesão ao tratamento e o acompanhamento especializado das gestantes infectadas pelo HIV, associado à capacitação profissional envolvidos na assistência desses pacientes, oportuniza uma otimização da redução da taxa de transmissão vertical.

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos - Tocantins - Brasil

Autores

Andressa Sousa Aguiar, Arielly Carvalho Rosa, Josué Moura Telles, Renato Antônio Campos Freire, Alinne Lourenço Cunha Vieira