14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO ESTADO DO TOCANTINS: UMA REVISÃO DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE (SIM)

Fundamentação/Introdução

Mortalidade por causas externas corresponde a importante parcela de óbitos em todos os países do mundo. No estado do Tocantins, não há trabalhos que reúnam dados sobre o assunto, assim, faz-se necessária esta pesquisa.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade por causas externas no Tocantins, nos anos de 2010 a 2015.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, de abordagem quantitativa. A população estudada corresponde a vítimas de causas externas, por local de ocorrência, que foram a óbito no Tocantins de 2010 a 2015. Os dados foram extraídos do banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde. As variáveis analisadas foram faixa etária (menor que 1 ano, 1-4 anos, 5-9 anos, 10-14 anos, 15-19 anos, 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos, 80 anos ou mais, idade ignorada), sexo, municípios de ocorrência e categorias da 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (acidentes de transporte; quedas; afogamentos; envenenamentos acidentais e exposições a substâncias nocivas; agressões; lesões autoprovocadas intencionalmente; exposições a corrente elétrica, radiação e temperatura e pressão extremas do ar ambiental).

Resultados

Nos anos de 2010 a 2015, foram registrados 7691 óbitos por causas externas no Tocantins. Destes, 7142 corresponderam apenas às categorias consideradas por este estudo, dentre as quais, acidentes de transporte e agressões obtiveram maior número de casos, com 3378 (43,92%) e 2229 (29,98%) respectivamente. Da mortalidade por acidentes de transporte, 33,5% corresponderam a motociclistas. Os homens representaram maioria das ocorrências (82,46%). No geral, a faixa etária de 20-29 anos foi a mais acometida (24,85%), no entanto óbitos por quedas e óbitos por afogamentos ocorreram mais nas faixas etárias de 80 anos ou mais (207 óbitos) e 30-39 anos (72 óbitos), respectivamente. As cidades com maiores resultados foram Palmas (20,71%) e Araguaína (16,5%).

Conclusões/Considerações finais

Observou-se que os óbitos por causas externas no Tocantins, de 2010 a 2015, foram mais frequentes no sexo masculino e na faixa etária de 20-29 anos. Os acidentes de transporte e as agressões consistiram nas categoriais mais causais. Palmas e Araguaína concentraram a maior parte dos óbitos, por terem hospitais de maior complexidade. As quedas vitimizaram mais a idade de 80 anos ou mais e, os afogamentos, mais indivíduos de 30 a 39 anos.

Palavras Chaves

Mortalidade; Causas externas; Tocantins.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Tocantins - UFT - Tocantins - Brasil

Autores

Marilísia Mascarenhas Messias, Jenyffer Ribeiro Bandeira, Aline Barbosa Lopes, Luisa Lopes Dias Silva, Paula Fleury Curado