14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Hepatite Fulminante em Sífilis Secundária

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma doença vem ganhando destaque devido ao aumento do número de casos diagnosticados nos últimos anos. Conhecida por ser “a grande imitadora” pelo amplo número de apresentações clínicas com diferentes graus de gravidade.

Objetivos

O objetivo desse relato de caso é descrever uma apresentação rara da sífilis secundária, a hepatite fulminante.

Delineamento/Métodos

Paciente do sexo feminino, 18 anos, com diagnóstico prévio de síndrome de Noonan, submetida a valvoplastia pulmonar percutânea há 6 meses. Apresentando dor epigástrica de duas semanas de evolução, icterícia, colúria, acolia, placas eritematosas com centro claro disseminadas e prurido. Durante a investigação, diagnosticada sífilis em fase secundária (teste treponêmico positive e VDRL 1:512) associada a hepatite aguda. Descartadas outras etiologias virais (virus hepatotrópicos A, B, C, CMV, EBV), HIV, medicamentosa, alcoólica, hepatite auto-imune, cirrose biliar primária, deficiência de alfa-1-antitripsina, hemocromatose e doença de Wilson. Excluída a possibilidade de gestação. A despeito do tratamento com penicilina benzatina e suportivo, a paciente evoluiu com critérios de hepatite fulminante e foi listada para transplante hepático de emergência. No quinto dia após o diagnóstico, enquanto aguardava o transplante, apresentou morte encefálica e foi encaminhada para doação de órgãos.

Resultados

Os dados da literatura sobre a frequência de hepatite em sífilis secundária são esparsos, sendo descritos em algumas referências como aproximadamente 0,2% dos casos. Apenas um caso de hepatite fulminante em sífilis adquirida foi relatado.
A paciente em questão apresentava lesões de pele e títulos elevados de VDRL, assim como hepatite aguda, compatível com o diagnóstico de sifilis secundária, excluídas outras possibilidades.

Conclusões/Considerações finais

Frente a atual epidemia de sífilis, formas raras de apresentação clínica acabam ocorrendo com frequencia maior, sendo necessário que o médico clinico tenha baixo limiar para considerer a hipótese de sífilis no diagnostico diferencial.

Palavras Chaves

Sífilis, sífilis secundária, hepatite aguda, hepatite fulminante

Área

Clínica Médica

Autores

Bruna Fornazari, Gibran Avelino Frandoloso, Giovanni Luis Breda, Henrique Demeneck, Ana Beatriz Brenner Affonso da Costa