14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Importância do Exame Anatomopatológico no Diagnóstico de Recidiva de Neoplasia Sólida: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

O seguimento clínico de pacientes oncológicos pode ser complexo. Em um cenário de alta suspeição para a recidiva, a identificação de potenciais diagnósticos diferenciais em lesões novas é tarefa difícil, mesmo na era de modernas ferramentas propedêuticas disponíveis.

Objetivos

Demonstrar a importância do exame anatomopatológico no diagnóstico de recidiva de neoplasia sólida.

Delineamento/Métodos

Paciente M.D.T.A, 70 anos, com diagnóstico de carcinoma ductal Invasor de mama esquerda EC I (pT1 pN0 M0). Tratada com cirurgia conservadora em 26/05/2015, seguida de quimioterapia adjuvante com esquema CMF (Ciclofosfamida, Metotrexate e Fluorouracil), seguida de radioterapia. Encontrava-se em hormonioterapia também em cenário adjuvante com anastrozol havia 6 meses, quando passou a apresentar tosse seca e dispneia em repouso. A propedêutica inicial com TC de tórax revelava nódulo pulmonar no lobo inferior direito de 1,9 cm e Linfonodo para traqueal direito, de 1,0 x 1,9 cm, com neoplasia primária e metástases sendo as hipóteses diagnósticas. Foi solicitado PET CT que, por sua vez, revelou lesões hipermetabólicas em linfonodos mediastinais (SUV Max de 29,37), do hilo hepático (SUV Max 10,04) e portocavais (SUV Max 14,48). Novamente, a hipótese era de neoplasia secundária, com disseminação linfonodal.

Resultados

A paciente foi submetida a mediastinoscopia com biópsia de gânglios, cujo exame anatomopatológico revelou presença de linfadenite crônica granulomatosa com necrose caseosa e pesquisa positiva para BAAR, fechando o diagnóstico de tuberculose ganglionar.

Conclusões/Considerações finais

Com base neste caso, conclui-se que apesar de invasivo, o estudo anatomopatológico de lesões suspeitas deve ser sempre considerado. A presunção da recidiva com bases apenas em métodos de imagem pode levar a tratamentos equivocados e com graves danos ao paciente.

Área

Clínica Médica

Autores

Karina Nascimento Rezende, Ramon de Oliveira Souza Araujo, Rafaela Diniz Perpétuo, Michelle Oliveira Nina Rocha, Mariana Freire de Oliveira Perpétuo