14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Fístula arteriovenosa em artéria cerebral posterior diagnosticada após angioplastia coronariana – Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

FUNDAMENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: Malformação arteriovenosa (MAV) cerebral é uma condição na qual há a conglomeração anormal de artérias e veias dilatadas no parênquima, ligadas por uma ou várias fístulas. Sua prevalência é estimada em aproximadamente 0,01% da população geral e a hemorragia intracerebral é a manifestação mais comum, ocorrendo em 42 a 72% dos casos.

Objetivos

OBJETIVOS: Discutir e relatar caso de hemorragia subaracnóidea (HSA) por MAV de artéria cerebral posterior (ACP) em pós-operatório de angioplastia coronariana.

Delineamento/Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: Estudo observacional descritivo associado à revisão bibliográfica.

Resultados

MPTF, 64 anos, masculino, branco, dislipidêmico, hipertenso e com histórico de infarto agudo do miocárdio com revascularização realizada em 2002. Paciente foi submetido à angioplastia coronariana de artéria circunflexa esquerda com implante de stent farmacológico no dia 10/05/2017. Durante pós-operatório imediato apresentou vômitos e queixas de dor em região cervical posterior. Ao exame físico, lúcido e orientado, Glasgow 15, pressão arterial sistêmica 120x80mmHg, frequência cardíaca 70bpm, afebril, com rigidez em nuca e ausência de déficits motores. Tomografia computadorizada (TC) de crânio constatou HSA classificada como Fisher II. Paciente foi encaminhado para unidade de terapia intensiva e, após um dia, apresentou piora do nível de consciência, Glasgow 14, desorientado no tempo e espaço. Nova TC de crânio evidenciou evolução da HSA para Fisher IV. Arteriografia cerebral foi realizada e mostrou fístula arteriovenosa em terço proximal de ACP direita. Medidas para prevenção de vasoespasmo e hipertensão intracraniana foram realizadas. Após cinco dias do início do quadro, paciente evoluiu com melhora da dor, Glasgow 15, sem vômitos e déficits motores, com importante regressão do sangramento à TC de crânio, recebendo alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destaca-se o diagnóstico tardio da MAV em ACP através de HSA, complicação mais comum segundo literatura, e a ligeira evolução desta em um período curto de tempo, além da ausência de déficits motores.

Palavras Chaves

Hemorragia Subaracnóidea, Fístula, Angioplastia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Santa Isabel - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil

Autores

Karen Toledo Morais, André Iglesias Brandão, Elisa Mara Lima Magalhães