14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

A amebíase no contexto da emergência: uma análise do perfil de internações e morbimortalidade nos estados do Brasil em 5 anos

Fundamentação/Introdução

Amebíase é uma doença causada pelo parasita Entamoeba histolytica, transmitida por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Frequente em países em desenvolvimento. O local mais afetado é o cólon, causando colite e disenteria, principalmente. Entretanto, pode atingir outros órgãos.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico das internações e a morbimortalidade da amebíase no contexto da emergência nos estados do Brasil nos últimos 5 anos.

Delineamento/Métodos

Estudo descritivo, com dados do DATASUS, sendo analisadas as variáveis sexo, faixa etária, cor e raça, região, ano, óbitos e taxa de mortalidade nas internações em regime de emergência no Brasil no período de abril de 2012 a abril de 2017.

Resultados

Foram registrados 13.583 casos de amebíase sendo, 72,74% urgências e 27,26% eletivos. Incidiram 1.823 casos no ano de 2012; 2.375 em 2013; 2.107 em 2014; 1.603 em 2015; 1.592 em 2016; e 379 em 2017. As regiões mais prevalentes foram: Norte com 51,76%, Nordeste com 21,84% e Sudeste com 11,12%. As regiões Centro-Oeste, com 10,13% e Sul, 5,14%, obtiveram os menores índices. Os estados com maior número de ocorrências foram: Pará, 42,52%; Minas Gerais 7,46%, Goiás 6,92% e Piauí 6,55%; e os estados com menores taxas foram: Roraima 0,06%, Sergipe 0,17% e Amapá 0,20%. Os casos são mais frequentes no sexo feminino 50,16%; e a faixa etária mais acometida é entre 1-4 anos (24,41%), e entre 5-9 anos(11,15%). Indivíduos acima de 80 anos foram os menos afetados (4,84%). Quando analisado etinia: 47,77% são pardos, 13,09% brancos, 1,59% negros, 1,39 amarelos, 0,43% indígenas e 35,74% não informaram. A taxa de mortalidade total é de 0,82; sendo prevalente no sexo feminino 0,97 sendo a faixa etária acima de 80 anos a mais prevalente (6,49) e entre 1-4 anos (0,04) a menos; a cor/raça com a maior taxa é a branca (1,55) e a menor a parda (0,61). A nível regional, a Sul possui uma taxa de 1,97; a Sudeste 1,91; Nordeste 1,71; Centro-Oeste 0,70; e Norte 0,12; onde os estados do Rio de Janeiro (7,55), Sergipe(5,88) e Bahia(3,78), possuem as taxas mais elevadas, já o estado do Paraná(0,68), Goiás(0,88) e Pernambuco (1,05) as mais baixas.

Conclusões/Considerações finais

O ano de 2013 obteve o maior número de casos registrados. O Norte teve a maior incidência. Os indivíduos de cor/raça parda possuem uma elevada quantidade de ocorrências e maior número de óbitos. A faixa etária mais acometida é entre 1-9 anos, porém, há maior fatalidade e morbidade em pessoas acima de 80 anos, do sexo feminino e da etinia parda no Nordeste e Sudeste.

Palavras Chaves

"Amebíase", "Emergências" ,"Indicadores de Morbimortalidade"

Área

Clínica Médica

Instituições

ITPAC/FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PORTO NACIONAL - Tocantins - Brasil, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - Ceará - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil, UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

CAMYLLA SANTOS DE SOUZA, LÍVIA LIBERATA BARBOSA BANDEIRA, ANNA KAROLYNA NEIVA OLIVEIRA MARIANO, MARINA DE PAULO SOUSA FONTENELE, JOÃO DAVID SOUZA NETO