14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM ACOMPANHAMENTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CANOAS

Fundamentação/Introdução

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença de grande relevância na atualidade em virtude de sua elevada prevalência e morbimortalidade.

Objetivos

Avaliar o perfil sociodemográfico e laboratorial de pacientes portadores de DM2 atendidos num hospital terciário da região metropolitana de Porto Alegre.

Delineamento/Métodos

Estudo transversal realizado com pacientes portadores de DM2, conforme os critérios da American Diabetes Association, maiores de 18 anos, tratados no ambulatório de Endocrinologia e no setor de internação clínica do Hospital Universitário de Canoas.

Resultados

Foram avaliados 96 pacientes, com média de idade de 52±12 anos, a maioria composta de mulheres (59%, n=57), brancos (76%, n=73), com média de IMC de 27±6 kg/m². Cerca de 46% dos pacientes eram tabagistas ou ex-tabagistas. A escolaridade média foi de 6,4±3,2 anos de estudo e a renda média per capita foi de R$1135,5±595,3 reais. O número médio de medicações diárias por paciente foi de 5,9 ± 2,5, sendo que 71% (n =69) deles faziam uso de cinco ou mais medicações por dia. A maioria dos pacientes era portadora de hipertensão arterial sistêmica (87%, n=80) e estava em tratamento farmacológico. A duração média do DM2 foi de 11,5±6,5 anos. Em relação às complicações da doença, 52% apresentava complicações microvasculares: 21% retinopatia diabética, 32% neuropatia diabética e 14% doença renal do diabetes, sendo que 22% apresentavam mais de uma destas complicações. Quanto às complicações macrovasculares, 16% relataram infarto do miocárdio prévio e 7,6% relataram acidente vascular cerebral prévio. Em relação ao tratamento farmacológico, 52% estava em tratamento oral para o DM2, enquanto 41% em tratamento combinado (terapia oral + insulina) e 7% apenas insulinoterapia. A média da glicemia de jejum foi de 172,4 ± 74,5 mg/dl e da hemoglobina glicada de 7,9 ± 1,9%.

Conclusões/Considerações finais

Com base nos resultados encontrados, podemos concluir que a maioria dos pacientes portadores de DM2 atendidos no hospital universitário de Canoas é composta por mulheres, brancos, com sobrepeso, baixa escolaridade e com renda mensal pouco superior a um salário-mínimo. Ademais, a grande maioria dos pacientes apresentava complicações crônicas do DM2, fazendo uso de múltiplas medicações diariamente para controle da doença. Ainda, grande parte dos pacientes encontrava-se com um controle glicêmico acima dos níveis desejados.

Área

Clínica Médica

Autores

Camila Vicenzi, Milene Moehlecke, Paulo Ramos Filho