14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PANORAMA DOS INTERNAMENTOS POR NEOPLASIA MALIGNA DO PÂNCREAS NO NORDESTE NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

Fundamentação/Introdução

A neoplasia maligna do pâncreas permanece como um desafio para a medicina contemporânea. A localização retroperitoneal do órgão e suas complexas relações anatômicas dificultam sua manipulação cirúrgica para ressecção de tumores, além de facilitar a ocorrência de metástases e complicações. Por este motivo, esta neoplasia é considerada a mais letal do trato gastrointestinal, com uma taxa de sobrevida em cinco anos de apenas 5%, justificando, assim, a importância desse estudo.

Objetivos

Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por complicações de neoplasia maligna do pâncreas no Nordeste no período de 2012 a 2017.

Delineamento/Métodos

Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram utilizadas as variáveis: número de internamentos, tempo médio de permanência hospitalar, taxa de mortalidade, óbitos, caráter do atendimento, sexo e cor/raça, analisadas em um recorte de 5 anos (2012-2017).

Resultados

Durante o período analisado houveram 6650 internamentos decorrentes de complicações da neoplasia de pâncreas no Nordeste (NE), a 3º região em números absolutos, representando 15% do total do país. A faixa etária dos 50-69 anos foi responsável por 55% dos internamentos e o estado com maior número de internamentos no NE foi a Bahia (27%), seguida de Pernambuco (22%) e Ceará (17%). No país os maiores valores ficaram no estado de São Paulo, com 13.737 casos - 31%. Do total, 47% era do sexo masculino e 53% do feminino. A média de permanência hospitalar da região foi de 9,1 dias, acima da média nacional de 8,4 e abaixo da região Norte, com 12,4 dias. A taxa de mortalidade (TX) no NE foi a menor do país, com cerca de 24,45 a cada 1000 habitantes, contrastando com os 31,34 da região Norte e com os 26,25 da média do Brasil. A maior TX da região foi de 40,56, em Sergipe, que comparando com o país foi menor apenas que a do Amapá – 44,44%. Foram contabilizados 1626 óbitos durante os 5 anos analisados, cerca de 14% dos mais de 11.500 do país. Cerca de 50% dos internamentos no NE foi de indivíduos de raça parda, enquanto a média do Brasil apontou a raça branca como a mais notificada. Aproximadamente 59% dos atendimentos foram feitos em caráter de urgência, enquanto no país esse índice subiu pra 72%

Conclusões/Considerações finais

Apesar de não haver forma precisa e comprovada de prevenção do câncer de pâncreas e dessa neoplasia não apresentar sintomatologia relevante, o diagnóstico precoce pode aumentar a sobrevida e consequentemente diminuir a mortalidade.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - Alagoas - Brasil, Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil

Autores

Júlia Matida de Melo Silvestre, Vitória Mikaelly da Silva Gomes, Arthur Moacir Costa Sampaio Batinga, Laura Giovana Gonzaga Coelho, Danielly Patrícia de Brito Beltrand