14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Fístula aortocameral em adulto: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

As fístulas aortocamerais são raras anomalias do coração. Podem ser congênitas ou adquiridas. As fístulas congênitas são diagnosticadas na proporção de 1:500 em estudos cinecoronariográficos. Os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentarem com sintomas dispneia, angina ou arritmia.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente com fístula aorta-ventrículo direito através do seio coronariano direito e as complicações pós cirurgia para correção.

Delineamento/Métodos

Relato de Caso.

Resultados

Paciente do sexo feminino,42 anos,com história de dispneia aos moderados esforços, tosse seca e palpitação, iniciados em 2006. Feito ecocardiograma transtorácico que evidenciou aneurisma de seio de valsava direito com sinais de ruptura para átrio e ventrículo direitos. Realizado cineangiocoronariografia que evidenciou fistula aorto-ventrículo direito através de seio coronariano direito, com presença de salto oximétrico entre átrio direito e ventrículo direito, caracterizando shunt esquerda - direita nesta cavidade. Foi submetida à cirurgia para correção da fístula, evoluindo no pós-operatório com ritmos cardíacos variáveis, tendo o diagnóstico de Síndrome Bradicardia-Taquicardia. Não foi possível o controle com drogas antiarrítmicas, sendo implantado marcapasso definitivo. Paciente evoluiu bem e assintomática, recebendo alta com ritmo de flutter atrial, com anticoagulação oral.

Conclusões/Considerações finais

As fístulas aortocamerais são raros canais vasculares extra cardíacos. Os pacientes podem ser assintomáticos ou se apresentarem com: insuficiência cardíaca, angina pectoris, infarto agudo do miocárdio.A radiografia de tórax e o eletrocardiograma podem ser normais. Portanto, o ecocardiograma e o cateterismo cardíaco são necessários para o diagnóstico, sendo este último o padrão ouro.O tratamento varia de acordo com a repercussão da doença, podendo ser realizado por cateterismo cardíaco com fechamento por balão destacável. Porém, o tratamento cirúrgico deve ser sempre considerado levando em conta o tipo da fístula, calibre, tortuosidade, calcificação, curso e relação dos óstios coronários com o orifício aórtico da fístula. O resultado cirúrgico é muito satisfatório, com morbi-mortalidade muito baixa. As complicações do pós-operatório mais descritas na literatura,são infarto agudo do miocárdio e recanalização da fístula. No presente caso a paciente apresentou uma fístula aortocameral, sendo submetida a correção cirúrgica, evoluindo no pós-operatório com arritmias variáveis.

Palavras Chaves

Fístula aortocameral, aorta-ventrículo direito, Síndrome Bradicardia-Taquicardia

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTONIO MORAES - Espírito Santo - Brasil

Autores

Ludmilla Ventura Lirio, Stella de Souza Carneiro, Carla Almeida Rodolfo, Leticia Toso Alves, Jobert Kaiky da Silva Neves