Coarctação da Aorta: Uma Causa Rara de Hipertensão Arterial
Fundamentação/Introdução: A elucidação dos mecanismos fisiopatológicos e terapêuticos envolvidos na coarctação da aorta
Objetivos: Promover a compreensão acerca da coarctação de aorta e seu tratamento
Delineamento/Métodos: Relato de caso
Resultados: Paciente do sexo masculino, caucasiano, 16 anos. Durante episódio de epistaxe e vertigem, foi orientado a comprimir o nariz, mantendo a cabeça fletida. Relatou crises semelhantes desde os dois anos de idade, de resolução espontânea, mas com piora recente. Referiu câimbras noturnas nos membros inferiores há cerca de um ano, cefaleia recorrente, e claudicação, notada após realização de exercícios. Pressão arterial sistólica, em membro superior, era de 230mmHg; em membro inferior, era de 140mmHg. Quanto à pressão diastólica, não houve discrepância entre os referidos membros. Verificou-se hipotermia nos membros inferiores. A frequência cardíaca foi de 90bpm. Detectou-se um sopro mesossistólico curto na área interescapular paravertebral esquerda e se auscultou um "clique" de ejeção sistólica no foco aórtico. Paciente apresentava circulação colateral em espaços intercostais superiores. Cardiologista prescreveu betabloqueador, solicitou exames complementares: eletrocardiograma, radiografia de tórax, provas laboratoriais, ecocardiograma. Eletrocardiograma revelou hipertrofia do ventrículo esquerdo. A radiografia de tórax mostrou entalhamento dos arcos costais, alteração na curvatura do arco aórtico e dilatação da artéria subclávia. Provas laboratoriais sem alterações. Ecocardiograma revelou valva aórtica bicúspide, dilatação discreta da raiz da aorta e uma má formação arterial. Cardiologista solicitou arteriografia, afim de clarear o diagnóstico. Garantiu que a seguinte hipertensão poderia ser tratada com procedimentos menos invasivos, ou através de cirurgia conservadora, como a ressecção do vaso e anastomose terminal-terminal.
Conclusões/Considerações finais: A coarctação da aorta é uma malformação cardiovascular que possui reconhecimento clínico, é causa rara de Hipertensão Arterial, pela alteração obstrutiva da artéria aorta. A patologia é considerada conforme a faixa etária de apresentação, assim como pré ou pós-ductal, ou seja, se antes ou depois de Persistência de Canal Arterial (PCA). O tratamento em recém-nascidos tem indicação cirúrgica quando existe a Coarctação de Aorta importante, dependente de PCA, onde o sangue pulmonar se dirige à aorta, irrigando os órgão abdominais e membro inferiores.
Coarctação da aorta; Hipertensão arterial; Ciclo cardíaco
Clínica Médica
Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil
Rafael Almeida De Almeida, Silvanio Araujo Do Ó Filho, Gustavo Sarmento Bezerra, Marcos Vinicius De Almeida Wanderley, Diego Otávio Melo Coutinho