14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Infecção vertical pelo HIV: diagnóstico situacional em hospital de referência no norte do Tocantins no período de 2010 a 2016

Fundamentação/Introdução

A infecção do HIV pode ocorrer durante a gestação, parto ou amamentação, e representa a principal via de infecção pelo HIV em crianças nos primeiros 10 anos de vidas, constituindo assim um grave problema de saúde pública, segundo Silva et al (2010).

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico da infecção vertical pelo vírus HIV para as gestantes infectadas e recém-nascidos expostos ao vírus notificados em hospital de referência no norte do Tocantins.

Delineamento/Métodos

Estudo epidemiológico de caráter retrospectivo, com análise de prontuários e fichas de notificações de crianças que foram infectadas e estão em acompanhamento no ambulatório de Pediatria do Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT), no período de Outubro de 2010 a Outubro de 2016.

Resultados

Foram analisados 75 casos de exposição ao HIV verticalmente, desses casos 22 gestantes eram da cidade de Araguaína-TO, 28 eram de outras cidades do Tocantins. Ademais, 4 pacientes eram procedentes do Maranhão, 9 do Pará e apenas 1 do estado de Goiás. A distribuição racial das gestantes soropositivas analisadas neste estudo difere da encontrada na região norte do país. Esse dado pode refletir o aumento constante da prevalência da infecção pelo HIV na população negra em comparação à população branca, de acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Saúde. Quanto à idade materna, das 75 gestantes a maioria tinha idade entre 26 e 30 anos (n=23 ou 30,67%). Do restante, 18 (24%) tinha idade entre 21 a 25 anos e 17 – quase a mesma proporção da faixa etária anterior – tinha idade entre 15 e 20 anos (22,67%), o que alarma para a quantidade de jovens abaixo dos 20 anos que engravidam e são portadoras do vírus, sujeitando seus filhos a essa infecção, fato que ainda nos chama atenção para a importância da assistência do planejamento familiar de qualidade e da educação sexual e reprodutiva que pode promover impactos positivos à saúde da mulher. Em um número menor estão as mulheres infectadas na faixa etária dos 31 a 35 anos (n=11 ou 14,67%) e dos 36 a 40 anos (n=2 ou 2,67%). A maioria das mulheres são domésticas – 30,67% - e exercem atividades agrícolas (ocupação comum na região); 9,34% das pacientes não fizeram sorologia para HIV no pré-natal.

Conclusões/Considerações finais

Os dados apontam para um perfil de vulnerabilidade por baixa condição socioeconômica, ratificando essa realidade como condicionante da saúde no tocante a exposição ao HIV e ressaltando a relevância da epidemiologia para os sistemas de saúde.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto Tocantinese Presidente Antônio Carlos - Tocantins - Brasil

Autores

Andressa Sousa Aguiar, Arielly Carvalho Rosa, Josué Moura Telles, Renato Antônio Campos Freire, Alinne Lourenço Cunha Vieira