14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Infarto Esplênico em Paciente com Fibrilação Atrial Paroxística Sustentada. Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Fibrilação atrial ( FA) é uma arritmia cardíaca comum em pacientes idosos e suas complicações incluem eventos tromboembólicos. Este relato justifica-se por ser o infarto esplênico, secundário à FA, uma entidade rara, cuja gravidade está associada a um incremento na morbimortalidade desses pacientes, além de não existir na literatura um manuseio consensual.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi relatar o caso de um paciente portador de FA paroxística sustentada, complicada com infarto esplênico.

Delineamento/Métodos

Paciente do sexo masculino, 65 anos, branco, aposentado, natural e procedente de Sete Lagoas, hipertenso , diabético e coronariopata com passado de infarto agudo do miocárdio e angioplastia. Internado com dor no hipocôndrio e flanco esquerdo de forte intensidade que iniciou há quatro dias. No momento da admissão o paciente apresentava-se em bom estado geral, lúcido, orientado e coerente, com mucosas úmidas e coradas, afebril, anictérico e acianótico, normotenso (120/70 mmHg), eupnéico (18 mrpm); na ausculta cardíaca apresentava ritmo regular, dois tempos, com bulhas hipofonéticas, sem sopro; na ausculta pulmonar sons pulmonares presente, sem ruídos adventícios ; membros inferiores sem edema, pulsos tibiais posteriores e pediosos palpáveis e simétricos; sem turgência jugular. Abdômen: ruídos hidroaéreos presentes, timpânico à percussão, baço não palpável, espaço de Traube livre, doloroso à palpação superficial e profunda de hipocôndrio e flanco esquerdo.

Resultados

O paciente permaneceu internado por 10 dias sendo submetido a exames complementares (ecocardiograma transtorácico, holter 24 h, ECG e revisão laboratorial). Tomografia de abdômen revelou área hipoatenuante de limites parcialmente definidos, em formato de cunha, sem realce pelo contraste, em terço médio/ inferior do baço, compatível com isquemia esplênica. O diagnóstico final foi infarto esplênico por FA paroxística, com prescrição de terapia anticoagulante, com boa resposta ao tratamento clínico conservador, sem complicações.

Conclusões/Considerações finais

Diante do exposto, qualquer paciente com FA que se apresente com dor no quadrante superior esquerdo do abdômen não pode ter descartado a hipótese diagnóstica de infarto esplênico e de suas complicações. O infarto esplênico é uma doença escassamente revisada na literatura, necessitando de diagnóstico e tratamento precoce para prevenção de complicações e possível evolução para esplenectomia.

Palavras Chaves

Infarto esplênico ; Fibrilação atrial ; Tratamento clínico

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL MADRE TERESA - Minas Gerais - Brasil

Autores

EDER FREDERICO ANDRADE DA SILVA, ISABELA LAGE PIMENTA, KAIO CEZAR GOMES PESSIM, ROVENA CAMPANA TARDIN, MOACIR ANDRADE GONÇALVES