14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

FATORES RELACIONADOS A QUEDAS E FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS ADMITIDOS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE MACEIÓ-AL

Fundamentação/Introdução

Introdução: Fraturas de fêmur em idosos estão associadas à elevada morbimortalidade e grandes custos socioeconômicos. No Brasil são reportadas cerca de 30 mil casos/ano, sendo responsáveis, em 2008, por 32.908 internações no Sistema Único de Saúde, com um custo de 58,6 milhões de reais. A presença de comorbidades crônicas, infecções do trato urinário (ITU), uso de medicamentos sedativos corroboram como fatores de riscos para esse tipo de fratura.

Objetivos

Objetivos: Analisar fatores relacionados a quedas e fraturas de fêmur em idosos atendidos em hospital filantrópico de Macéio-AL.

Delineamento/Métodos

Métodos: Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, com revisão de prontuários eletrônicos de 190 pacientes com 60 anos ou mais admitidos por fratura de fêmur no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió entre os anos de 2009 e 2017.

Resultados

Resultados: Dentre os 190 pacientes admitidos com fratura de fêmur, 139 (73,2%) eram do sexo feminino, fator que pode estar relacionado à menor força muscular e a alta prevalência de doenças crônicas (especialmente osteoporose). 167 pacientes (87,9%) tiveram, como fator causal, queda da própria altura. Apenas 5 (2,6%) idosos relataram como causa principal para a fratura algum trauma de alto impacto. 89,5% dos pacientes analisados referiram possuir alguma comorbidade prévia. Doenças agudas e agudizações de doenças crônicas, além de polifarmácia e uso de medicamentos sedativos estão associados a quedas e fraturas em idosos. Nos pacientes analisados, 35,3% apresentavam ITU na admissão hospitalar. Polifarmácia esteve presente em 58 pacientes (29,9%). 26 pacientes (13,7%) utilizavam benzodiazepínicos, 2 (1,05%) usavam haloperidol, outros 2 (1,05%) faziam uso de tioridazina, 1 paciente usava olanzapina e 1 (0,5%) relatou usar prometazina. A prática de exercícios físicos é fator protetor para quedas e fraturas, porém em nossa casuística apenas quatro idosos (2,05%) faziam atividade física regular.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: Quedas foram responsáveis por 87,9% das fraturas de fêmur na amostra analisada, dado semelhante ao encontrado na literatura, e tendo como fatores associados infecção de trato urinário, polifarmácia e uso de benzodiazepínicos no momento da admissão hospitalar. Poucos idosos praticavam atividade física regular. Políticas públicas de saúde visando a controlar os fatores de risco para quedas e fraturas devem ser implementadas, considerando o envelhecimento populacional com expectativa para aumento da incidência de fraturas de fêmur.

Palavras Chaves

Fratura de fêmur; Idoso; Quedas; Polifarmácia; Medicações inapropriadas.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil

Autores

Vanessa Garcia Gomes, Fernanda Ribeiro Araujo, Beatriz Albuquerque Oliveira, Hilton José Melo Barros, David Costa Buarque