Ruptura aguda de parede livre de ventrículo esquerdo: Um relato de caso
SOARES R. C. et al. (Rev Bras Cardiol. 2011; 24: 331-334), ressaltam que a ruptura de parede livre de ventrículo esquerdo (RLPVE) é uma complicação que ocorre em 4% dos pacientes após Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e que 23% desses pacientes evoluem para óbito. A ruptura aguda é caracterizada pela recorrência súbita de precordialgia, dissociação eletromecânica, choque e morte devido a sangramento no saco pericárdico, e nessa concepção, os autores complementam que a abordagem precoce associada às diversas técnicas de reparo podem reduzir a mortalidade.
Demonstrar a importância do seguimento clínico e cirúrgico nesta patologia, visto que a Ruptura de Parede Livre de Ventrículo esquerdo é uma importante entidade nosológica, com elevado índice de mortalidade. Além de contribuir como exemplo para outros pesquisadores devido ao pequeno número de casos semelhantes publicados.
Como trata-se de Relato de Caso, a Descrição está substituindo Metodologia e Resultados. Descrição: O estudo relata o caso da paciente R.D.V., 67 anos, diagnosticada com Infarto do Miocárdio Inferior e submetida, ocasionalmente, a angioplastia primária da artéria circunflexa em um intervalo de quatro horas da dor torácica. Após 48 horas, a paciente evoluiu com choque refratário, dormência, estase venosa jugular e abafamento de bulhas cardíacas. O exame eletrocardiográfico realizado imediatamente após o evento, demonstrou lesão subepicárdica inferior, justificando novo estudo hemodinâmico. Ainda foi identificado o "sinal de silhueta", achado radiológico clássico de derrame pericárdico. Procedeu-se imediatamente à toracotomia, conclusiva ao diagnóstico final de Ruptura Aguda de Parede Livre de Ventrículo Esquerdo. A paciente evoluiu ao óbito, observada a gravidade e a potencial letalidade do quadro agudo de ruptura cardíaca.
Como trata-se de Relato de Caso, a Descrição está substituindo Metodologia e Resultados.
Concluímos que a rotura de parede livre é a mais grave complicação do IAM e as manifestações clínicas apresentadas pelo paciente são variadas dependendo, sobretudo, do local da lesão. O ecocardiograma é o principal exame para o diagnóstico, quanto mais rápido for realizado, menor será a chance de óbito. Porém, estudos mostraram que a rotura da parede ventricular esquerda, costuma ter elevado índice de mortalidade, independentemente da precocidade do diagnóstico. O tratamento é cirúrgico e a intervenção tem que ser rápida e precisa.
Ruptura de ventrículo esquerdo; Emergência cardiológica; Complicação de IAM
Clínica Médica
Alexandre Jose Santos Calasans, Vinicius Vasconcelos Lago, Miriã Almeida Santos, Sérgio Rodrigues Maranha