14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR – ANÁLISE DO BANCO DE DADOS DA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL SAMARITANO - BOTAFOGO

Fundamentação/Introdução

A parada cardiorrespiratória (PCR) demanda atuação imediata e eficaz para lograr sucesso nas manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP).

Objetivos

Analisar fatores de risco, mecanismos, etiologias e desfechos de PCR em hospital privado de médio porte na Cidade do Rio de Janeiro.

Delineamento/Métodos

Análise retrospectiva de banco de dados de registro de PCR intra-hospitalar (Emergência e Unidades Clínicas) e extra-hospitalar (Ambulância da Emergência).

Resultados

Em nosso hospital temos equipe com baixo turnover e profissionais com ACLS atualizado a cada 2 anos.
Observamos entre abril/2014 e abril/2017 e em controle histórico em PCR extra-hospitalar, entre 2001 e 2006, os seguintes números: 57% em ambiente extra-hospitalar (ambulância), 35% na Emergência e 8% nas Unidades Clínicas, em pacientes com média de idade de 83 anos (56% do sexo feminino).
Somente 18% dos pacientes não apresentavam comorbidades, sendo as mais prevalentes: hipertensão arterial sistêmica, doença arterial coronariana e demência.
As causas mais comuns para a PCR foram infarto agudo do miocárdio, broncoaspiração e sepse e os ritmos mais encontrados foram assistolia (71%) e fibrilação/taquicardia ventricular (6%). Nosso percentual de admissão hospitalar dos pacientes atendidos em PCR foi de 22,5%.
Nas solicitações de ambulância, o relato de queixa respiratória, alteração neurológica aguda e dor torácica foi importante preditor de achado de PCR e o tempo médio de chegada da Equipe ao domicílio foi de 15 minutos.
Foram realizadas 61 RCP, com 12 casos de retorno de circulação espontânea (RCE), que apresentaram as seguintes características: RCP intra-hospitalar, evento testemunhado, instituição precoce de RCP e desfibrilação, menor duração de RCP e causa respiratória. Destes, 6 apresentaram nova PCR (na metade dos casos, em até 30 minutos).
As características dos pacientes que sobreviveram até alta hospitalar foram: menor faixa etária, menor tempo de resposta para iniciar RCP, menor duração de RCP, RCP intra-hospitalar abordada por time de resposta rápida (TRR) e causa respiratória.

Conclusões/Considerações finais

A manutenção de equipe de alta performance treinada regularmente, bem como um sistema ágil de atendimento por TRR e ambulância e a instituição de RCP precoce são fundamentais para melhor resultado de atendimento à PCR. Em nossa instituição a implementação de TRR e o foco em detecção de sinais de deterioração do paciente tem conseguido excelentes resultados na redução de PCR no ambiente intra-hospitalar das Unidades Clinicas.

Palavras Chaves

Parada Cardiorrespiratória - Reanimação Cardiopulmonar - Time de Resposta Rápida

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL SAMARITANO-BOTAFOGO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Cesar Villela, Cyro José de Moraes Martins, Melina Sapi Tavares, Rachel Cristine Vale da Silva, Rafael Monteiro Cardoso Platino