Título

UTILIZAÇÃO DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA

Fundamentação/Introdução

A utilização de ventilação não invasiva (VNI) nos casos de insuficiência respiratória aguda (IRA) já está bem estabelecida na literatura, com resultados que evidenciam desfechos favoráveis, como a redução da utilização de ventilação mecânica com intubações orotraqueais, redução do tempo de internação e da mortalidade. Estudos dos últimos anos tem mostrado que esses resultados podem também ser alcançados nos pacientes em atendimento pré-hospitalar em IRA nos quais o recurso da VNI é utilizado.

Objetivos

Acompanhar os desfechos clínicos dos pacientes atendidos, no nível pré-hospitalar, com VNI, nos quadros de insuficiência respiratória aguda, em uma unidade de emergência de um hospital privado na cidade do Rio de Janeiro.

Delineamento/Métodos

Estudo observacional através do acompanhamento de uma série de casos.

Resultados

Foram acompanhados 10 (dez) casos de pacientes com quadro de IRA, que tiveram atendimento pré-hospitalar com uso de VNI, em modalidade de dois níveis pressóricos. O gênero feminino foi a maioria (70%), sendo a média de idade da amostra de 85 anos (±8). A etiologia mais frequente foi a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) agudizada (60%), sendo os outros casos (40%) de edema agudo de pulmão. O tempo médio de transporte para a unidade hospitalar foi de 36 minutos em VNI, totalizando um tempo médio total em VNI de 2,6 horas. Um dos pacientes, após a chegada na unidade hospitalar e sem resposta favorável depois de 2h em VNI, evolui para IOT. 90% dos casos tiveram desfecho favorável, tendo sido evitada a intubação orotraqueal e o tempo médio de internação deses pacientes foi de 5 dias até a alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

A VNI é uma abordagem terapêutica bem estabelecida em pacientes com IRA no ambiente hospitalar. Seu uso no atendimento pré-hospitalar da insuficiência respiratória aguda pode ser uma opção segura e eficaz para estabilização e controle da disfunção respiratória, evitando assim a intubação orotraqueal e o consequente aumento do tempo de internação e taxa de mortalidade, que são aumentados pelo uso da ventilação mecânica invasiva, conforme evidenciado na literatura.

Palavras Chaves

Ventilação Não Invasiva - Atendimento Pré-Hospitalar - Insuficiência Respiratória Aguda