Mortalidade por Tétano Acidental: Estudo comparativo no Estado da Bahia, Região Nordeste e Brasil, no período de 2010 a 2015.
Fundamentação/Introdução: O tétano é uma doença infecciosa aguda, não contagiosa, resultante do binômio solução de continuidade de pele/mucosa e contaminação pelo bacilo Clostridium tetani. Apesar de ser uma doença prevenível, satisfatoriamente, uma vez que se dispõe de uma vacina eficiente e barata, continua a atingir e a matar adolescentes, adultos e, principalmente, idosos.
Objetivos: Comparar a prevalência da mortalidade por tétano acidental entre o Estado da Bahia, a região Nordeste e o Brasil, durante o período de 2010 a 2015.
Delineamento e Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, exploratório, com fonte de dados secundários, quantitativo e retrospectivo. A unidade de análise foi o Estado da Bahia, a região Nordeste e o Brasil. A população do estudo foi constituída por ocorrências de óbito por tétano acidental, durante o período de 2010 a 2015. Os dados foram obtidos no sitio MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade (DATASUS); dados do censo do IBGE 2010. O período de acesso e extração dos dados foi de 20 a 23 de maio de 2017. Foram utilizados os softwares TABWIN 3.2, Excel e STATA versão 12.
Durante o período avaliado, no Estado da Bahia houve redução do número de óbitos por tétano acidental de 2010 a 2013, de 10 para 01 caso, o que corresponde a uma redução da mortalidade de 0,071 para 0,0071 por 100.00 habitantes, com aumento no ano de 2014 (5 casos) e 2015 (10 óbitos), o que equivale a mortalidade de 0,036 e 0,071 por 100.000 habitantes, respectivamente. ), totalizando 208 óbitos, o que corresponde a mortalidade de 0,358 óbitos por 100.000 habitantes. O Brasil o maior número de óbitos em 2010 (121 óbitos) com progressiva redução do número absolutos nos anos subsequentes: 98 óbitos em 2011, 95 óbitos em 2012, 92 em 2013 e 81 em 2014, equivalente à queda de mortalidade de 0,051 em 2011 para 0,041 em 2014. No entanto, em 2015 observa-se aumento desse número para 87 óbitos, totalizando 574 óbitos no período estudado.
Conclusões/Considerações finais: Apesar da redução da mortalidade do tétano acidental no período estudado, essa doença continua constituindo um problema de saúde pública. Vale salientar que a eliminação do tétano acidental exige a vacinação sistemática dos adultos e o atendimento adequado pós-ferimento, de modo que devemos traçar estratégias para a vacinação daqueles, incluindo a abordagem nos ambientes de trabalho, pois a maioria não procura rotineiramente os serviços de saúde.
Tétano, Acidental, Mortalidade
Clínica Médica
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Bahia - Brasil
Waléria Rios Carneiro, Lívia de Aras Brandão, Tiago Lôbo Pessoa