14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

FEOCROMOCITOMA, UMA SINGULAR CAUSA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

Feocromocitomas são neoplasias raras originadas nas células cromafins, responsáveis pela produção das catecolaminas - adrenalina e noradrenalina -, localizadas na medula das glândulas suprarrenais. Devido ao potencial secretor destas substâncias, este tumor se manifesta de forma sistêmica em especial com o surgimento de hipertensão arterial sistêmica secundária e refratária ao tratamento clínico. Outros sintomas típicos são palpitação, cefaleia e sudorese. O diagnóstico é realizado por meio de dosagens de metanefrinas e ácido vanilmandélico (VMA) urinários, catecolaminas plasmáticas ou ainda por exames de imagem, como a tomografia computadorizada.

Objetivos

Descrever um caso clínico desta neoplasia, buscando na literatura outros relatos e embasamento teórico para a condução e cura desta doença.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo do tipo relato de caso, observacional e retrospectivo sobre o tema, seguido de uma análise do prontuário, resultados laboratoriais e exames de imagem fornecidos pelos médicos responsáveis com a autorização da paciente.

Resultados

Paciente, sexo feminino, 54 anos, queixando-se de crises hipertensivas, associadas a sudorese intensa, mal-estar e cefaleia. Histórico de hipertensão arterial sistêmica tratada sem sucesso e Diabetes Mellitus, já com complicações cardiovasculares.
Foi solicitado os exame de catecolaminas e suas frações em amostra urinária de 24 horas. As metanefrinas totais e frações foram: Normetanefrina: 3501,7MMG/24 horas (VR: até 732,0 MMG/24 horas), Acido Vanil Mandélico: 14,9mg/24 horas (VR: até 6,6mg/24 horas). Noradrenalina urinária: 180,6 mcg/24 horas (VR: até 97,0 mcg/ 24 horas).Na Tomografia Computadorizada de abdome e pelve foi encontrada massa com densidade de partes moles medindo 4,5 x 4,4cm na topografia da adrenal esquerda, com realce homogêneo pelo meio de contraste, compatível com lesão de origem neoplásica. Após dosagem de catecolaminas plasmáticas, urinárias e tomografia computadorizada (TC) foi diagnosticado o Feocromocitoma.

Conclusões/Considerações finais

Paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico, com exérese do tumor, adrenalectomia esquerda, linfadenectomia retroperitoneal e dissecção da cauda do pâncreas. A peça cirúrgica foi encaminhada ao estudo histopatológico, confirmando o Feocromocitoma. A paciente encontra-se fazendo acompanhamento ambulatorial, sem queixas sintomáticas e sem uso de nenhuma medicação.

Palavras Chaves

Feocromocitoma; Hipertensão arterial secundária; Diagnóstico

Área

Clínica Médica

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO - Espírito Santo - Brasil

Autores

NARA REGINA BATISTA BARROS, PAULO ROBERTO ANGELETE ALVAREZ BERNARDES, LUCAS KEFLER BERGAMASCHI, LUIZA SEIDEL DALA BERNARDINA , SARA ROLDI